A Invenção de Hugo Cabret

Publicada em 22/02/2012 às 18:34

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Baseado no romance do escritor Brian Selznick, A Invenção de Hugo Cabret (Hugo – 2011) é uma produção assumidamente pessoal do diretor Martin Scorcese (Touro Indomável).

No começo da década de 1930, Hugo Cabret (Asa Butterfielf) é um menino de 12 anos e mora com o pai  (Jude Law) em Paris. Um acidente acaba matando o seu pai, fazendo com que o jovem passe a viver com o seu tio, Claude (Ray Winstone), um repugnante bebado que controla os relógios na estação de trem Gare du Nord.
 
Seu tio desaparece, deixando Hugo sozinho, vivendo clandestinamente entre as paredes dessa estação. Enquanto cuida dos ponteiros dos relógios, aproveita para ir “conseguindo” peças para consertar um robô misterioso, só que como todo conto, sempre falta “aquela” peça para que as engrenagens comecem a funcionar. E a tal peça é uma chave em formato de coração. 
 
Numa de suas desventuras, acaba sendo pego por Papa Georges/ Georges Mieles (Ben Kingsley), dono de uma loja de brinquedos. Ao revistar o garoto, Georges acaba tendo acesso a um caderninho com diversos desenhos, ao folhar, vê imagens que o deixa assustado por mexer em algo que para ele estava enterrado no passado. 
 
A relação entre Hugo e Georges é bem tempestiva, mas nada se comparado ao que ele tem com o Inspetor Gustav (Sacha Baron Cohen), um daqueles caras que precisam mostrar serviço, mas por ser estabanado e um tanto confuso, acaba por vezes sendo dominado pelo seu próprio cachorro.
 
Hugo acaba conhecendo Isabelle (Chloë Grace Moretz), afilhada de Georges, que se mostra útil e que pode ajudá-lo muito mais do que apenas conseguir o seu caderninho de volta.  
 
Assim como o protagonista, Martin Scorcese é também um fascinado e amante pela preservação de filmes clássicos – o produtor criou a “The Film Foundation”, uma entidade responsável pela restauração de cerca de 500 filmes de diversos cineastas como Hitchcock, Capra, Kazan e Gláuber Rocha.
 
A produção não é apenas um espetáculo de imagens belas, mas um atestado da devoção de um dos maiores cineastas moderno à história da sétima arte, que se vê um pouco na figura inocente do personagem central, como um jovem espectador ao descobrir as ilusões e transformações mágicas que acontecem em uma sala cinematográfica quando as luzes se apagam. Mesmo que por vezes o filme caia um pouco em uma nostálgia cansativa, é um bela homenagem e aceitar o convite que um dos personagens faz para "seguir seus sonhos" é uma experiência surpreendente.  
 
Saiba mais sobre o filme A Invenção de Hugo Cabret.

Por Jean Garnier

Comentários (4)





F2 comentou: Eu gostei muito, recomendo a todos pois é demais. Nota
09/04/2012 | Responder

Vanessa comentou: Lindissimo. Merece ser visto, é o tipo de filme para se ter na estante e sempre rever. Nota
31/03/2012 | Responder

Daniel Rezende da Silva comentou: Ótimo filme! Nota
05/03/2012 | Responder

João Marcelo comentou: Acabo de voltar do cinema após ver esse filme maravilhoso. Ainda estou em êxtase e emocionado com a história do Papa Georges. E ver as imagens dos filmes antigos em 3D potencializou ainda mais a sensação.

Recomendarei essa obra a todos, muito bom mesmo!
Nota
24/02/2012 | Responder