Publicada em 02/05/2012 às 14:18
Após American Pie - A Primeira Vez é Inesquecível, nada menos que sete sequências foram feitas, cada uma conseguindo superar negativamente o filme anterior. E tudo isso chegou a um ponto em que a mera menção da franquia já era motivo de reprovação. O anúncio de American Pie: O Reencontro certamente arrancou suspiros e muitos “Ah, não! De novo?!”, mas o filme merece uma chance.
O primeiro American Pie pode ser considerado o pai do besteirol estereotipado norte-americano (no sentido mais amplo do termo) tal como o conhecemos. As comédias genéricas que vieram depois nada mais fizeram do que copiar a fórmula. O mérito do último filme da franquia está em repetir o modelo do primeiro com os mesmos personagens sem repetir literalmente as piadas.
O roteiro reproduz, com excelência, situações governadas pela personalidade, agora amadurecida, dos cinco amigos sem, em momento algum, cair em pura vulgaridade apelativa. É como se cada um deles tivesse engrandecido suas principais características e nunca tivessem perdido a própria essência. Sem ter transformado todos eles em pais de família, o longa aproveita todas as deixas possíveis para trabalhar a relação dos personagens centrais com o sexo oposto: Jim continua se submetendo a todo tipo de situação como as que lhe renderam fama; Oz e Kevin revivem antigos amores, cada um à sua maneira e com desfechos completamente opostos; Finch encontra na intelectualidade e no espírito livre o desapego à mãe do amigo; Stifler, como de costume, ganha e perde como se vivesse em um constante jogo de azar e tem a merecida (?) vingança. Até mesmo o Sr. Levenstein (ou “Pai do Jim”), agora viúvo, sai à procura de uma nova dama.
Direção e roteiros juntos provaram que Jon Hurwitz e Hayden Schlossberg são capazes de produzir comédias muito melhores que as da franquia Harold & Kumar. O que a dupla fez é um provável fruto de uma profunda admiração pela criação de Adam Herz, afinal, é muito raro e complexo conseguir reproduzir com mérito e segurança obras de outros autores tal como fez a dupla.
O grande ponto positivo dessa película é ter todos os elementos essenciais equilibrados entre si. Sem excluir personagens (até mesmo Sherman, ou The Sherminator, ganha o seu final feliz), a produção encerra tudo com um tom de dever cumprido e nostalgia despertada. Sem pontas soltas e com uma deixa sutil para uma sequência que, espero, nunca venha a existir, a sessão termina e deixa aquela sensação maravilhosa de desfecho satisfatório.
Saiba mais sobre o filme American Pie 4: O Reencontro.
Por Laísa Trojaike
mau comportamento.
ma conduta.
mau exemplo.
tiago leite de gois
pe 22/08/2012 | Responder