As Aventuras de Tintim (1)

Publicada em 20/01/2012 às 13:46

Comente



Baseado nas histórias do cartunista belga Hergé, As Aventuras de Tintim (The Adventures of Tintin - 2011) é uma agradável sucessão de paisagens deslumbrantes envolvida por uma história cheia de energia em um rítmo alucinante, que agrada mesmo aqueles não familiarizados, mesmo carecendo um pouco mais de mistério.

Tudo começa em 1940, quando o jornalista Tintim (Jamie Bell) e seu terrier branco chamado Milu estão na Europa visitando uma praça ao ar livre. O protagonista compra por uma ninharia uma miniatura de veleiro de três mastros chamado Unicórnio. No mesmo instante é abordado pelo sinistro Ivan Sakharine (Daniel Craig), com uma oferta mais atendadora por aquela miniatura de návio que a poucos instantes mofava entre antiguidades.

Tintim resolve não vender, e após um desentendimento entre o seu cachorro e um gato, o navio cai e quebra deixando cair um pergaminho – contendo pistas de um tesouro escondido. Ao mesmo tempo, a dupla de atrapalhados detetives Dupont (Simon Pegg) e Dupond (Nick Frost) estão atrás de Aristides Silk, um rápido cleptomaníaco que se descreve apenas como um “fã de carteiras”.

O protagonista resolve visitar Sakharine e fica sabendo que há outra cópia de seu navio. Ele acaba capiturado pelo vilão e confinado no cargueiro Karaboudjan. Lá, conhece Haddock (Andy Serkis), um bêbado capitão cujo bafo é de fazer inveja a qualquer maçarico de balão e que não faz a menor idea do que está acontecendo no navio.

Aos poucos, a cumplicidade entre eles aumenta, e uma súbita falta de álcool faz Haddock delirar ao ponto de começar a lembrar de histórias sobre o seu antepassado, Sir Francis Haddock (Serkis), líder do Unicórnio durante o século XVII e que, após uma grande batalha contra o pirata Red Rackham (Craig), resolveu afundar o navior ao invés de deixar nas mãos do seu inimigo.

O diretor Steven Spielberg (E.T.), ao realizar esse filme, trouxe novamente o espírito aventureiro de produções como Indiana Jones e Jurassic Park, fazendo recordar como era bom quando seus filmes tinham um simples herói, que ávido por procurar respostas, se enfia em lugares onde poucos atreveriam se arriscar,  acabando por vezes perdido em locais exóticos e envolvido aventuras grandiosas.

Pistas desencontradas, tiros, ópera, miragens nas dunas do Saara, perseguições alucinadas, motociclistas selvagens, várias cenas acontecendo ao mesmo tempo e uma inesquecível sequencia final no Marrocos que deixa uma ponta para o próximo capítulo da trilogia prometida por Spielberg e pelo produtor Peter Jackson (Os Senhor dos Anéis). Fique com os olhos arregalados,  Tintim está em movimento constante e acompanhá-lo é um passeio rumo à emoção.

Saiba mais sobre o filme As Aventuras de Tintim.

Por Jean Garnier

Comentários (2)





Flavio Dias www.infinidade.com.br comentou: O Filme é muito bem feito. Conheço as histórias originais e o que feito neste roteiro foi uma fusão de duas histórias com muito cuidado. O resultado foi ótimo. Vale a pena ver. Nota
24/01/2012 | Responder

MARCELO SANTOS DA SILVA comentou: Achei nota 4, brisei em várias cenas. A história começa de forma muito corrida, a forma de contá-la foi meio atropelada, parecia que eles queriam sintetizar toda uma história em 2 horas de filme. Deu nisso. Fraco! Nota
22/01/2012 | Responder