Caminho da Liberdade

Publicada em 31/05/2011 às 15:25

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Caminho da Liberdade

O diretor Peter Weir reúne atores de diferentes nacionalidades para dar veracidade a uma história real, de sete homens que fogem de uma prisão na Sibéria e percorreram 6.500 km.


Eles fugiram do inferno de gelo e depois lutaram contra o inferno de areia. É uma história real sobre homens que, depois de terem sido presos pelo regime stalinista, decidem fugir. O que parece impossível, uma vez que a prisão se localiza em nada mais, nada menos do que na Sibéria – 13 mil quilômetros quadrados de gelo. A fuga ocorre em pleno inverno siberiano, durante uma nevasca, o que facilia a fuga, mas torna o caminho até a fronteira com a Mongólia quase inimaginável.
Quando chegam ao destino, a rota tem que ser alterada e eles têm todo o Deserto de Gobi para percorrer rumo à Índia, o que totaliza quase um ano de caminhada.

Caminho da Liberdade é dirigido por Peter Weir, o mesmo diretor dos consagrados O Show de Truman e Sociedade dos Poetas Mortos. Ele é responsável pelas excelentes atuações dos sete prisioneiros em fuga. Entre eles, o líder da caminhada Jim Sturgess (Território Restrito), o americano reservado Ed Harris (Appaloosa - Uma Cidade Sem Lei e Medo da Verdade), o mau caráter Colin Farrell (O Mundo Imaginário do Dr. Parnassus e Coração Louco) e os companheiros de jornada Alexandru Potocean (Casamento Silencioso), Dragos Bucur (Meu Nome é Modesty Blaise) e Gustaf Skarsgård, que percorrem 6.500 quilômetros rumo à liberdade.

Apesar de ser americano, o filme consegue fugir de muitos clichês que contaminam as produções sobre o regime comunista. A história, que é real e contada no livro A Longa Caminhada (The Long Walk: The True Story of a Trek to Freedom) de Slavomir Rawicz, serviu de base para o filme. Nela, os homens que decidem fugir da prisão siberiana, em 1941, estão presos por diferentes motivos, na sua maioria tidos como traidores de Stalin. Mas eles se dizem inocentes e servem apenas para o trabalho forçado. O ambiente da prisão é miserável e piora ainda mais com a presença de crimonosos perigosos, que comandam o lugar.

É certo que a reunião de atores americanos, romenos e ingleses colaborou para dar mais veracidade à história e eliminar os protótipos de inocentes e culpados, que tornam os filmes tão previsíveis. É uma produção com extremo cuidado artístico, fotográfico e de figurino. Faz pensar e resgata a história mundial. Ideal para quem gosta de uma longa jornada.

Saiba mais sobre o filme Caminho da Liberdade.

Por Paula Cassandra

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