Drive (2)

Publicada em 02/03/2012 às 11:51

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Cinema puro. Com uma temática que mistura filmes B com trillers de ação, Drive (Idem – 2011) é a história de um cara que se divide entre suas vidas, ambas “guiadas” por automóveis. Não sabemos a sua história, se tem família ou um passado, só temos conhecimento a sua admiração por veículos.

O tal motorista sem nome é interpretado Ryan Gosling. Um sujeito que durante o dia é dublê de Hollywood e a noite faz uns servicinhos ajudando a transportar alguns sujeitos envolvidos em negócios arriscados. Essa metáfora é transportada para o seu caráter: ao mesmo tempo em que é furioso internamente, ele mantem seu visual silêncioso e misteriosamente radiante. As suas “profissões” não criam um conflito em sua personalidade, até porque bem ou mal, ele continua dirigindo.

Quem o vê – com o rosto marcado por feições pacadas, um palito na boca e a sua jaqueta com um escorpião dourado nas costas – não imagina o quanto os carros são mais do que a sua profissão: são o habitat. Ele não planeja nada, apenas serve como se fosse um chofer de luxo para contraventores. Fazendo uma rápida comparação, por vezes ele lembra Travis Bickle (personagem de Robert DeNiro em Táxi Driver) como um homem pronto para a guerra.

O solitário protagonista conhece Irene (Carey Mulligan) e mostra afeição pelo seu filho pequeno, Benicio (Kaden Leos). É lógico que o motorista não está interessado na criança, só que um acontecimento acaba adiando um pouco os seus planos: Irene é casada com Standard (Oscar Isaac), esse logo deixa a cadeia e assume o seu posto de pai de família, deixando claro para o motorista que a farra acabou e que é melhor ele “dirigir” sorrisos para outras bandas.

Só que Standard mal poderia imaginar que em pouco tempo irá precisar dos serviços do motorista, que acaba assumindo a sua outra faceta: a de um altruísta assassino disposto a arriscar a sua vida para quem sabe, poder ser aproximar de sua amada – que de tão sem graça e inexpressiva, fica difícil acreditar que alguém arriscaria o pescoço por ela, mas...

As consequências desse violento emaranhado – que envolve o chefão do crime especializado em carnificina, Bernie Rose (Albert Brooks) e o seu sócio Nino (Ron Perlman) – é um tenso jogo de gato e rato repleto de sequencias espetaculares de perseguições.

Saiba mais sobre o filme Drive.

Por Jean Garnier

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