Fúria Sobre Rodas

Abraçar fortemente a estética de filme-B, apoiado no absurdo para tornar o ritmo contagiante focando o roteiro na eterna luta entre o Bem X Mal, essas são as principais características do filme Fúria Sobre Rodas (Drive Angry - 2011).

A história é centrada em Milton (Nicolas Cage), um cara misterioso que parece um clone de um Terminator da franquia O Exterminador do Futuro, tamanha é a sua sede por sangue. Ao mesmo tempo em que persegue uma seita chamada de "O Culto", é perseguido pelo irônico Contador (William Fichtner). 

Milton usa métodos pouco convencionais de persuasão. Ele precisa saber sobre uma criança e para isso resolve tudo na bala, o seja, a primeira parte do filme é recheada de momentos de pura carnificina mesclado por cenas cômicas do Contador, um súdito do diabo que por onde passa joga enigmáticas conversas para descobrir o paradeiro do protagonista. Quando não executa uma vítima, o anjo da morte usa uma carteira do FBI como uma artimanha para evitar o aumento de número de corpos.

Numa daquelas sequencias batidas de restaurante boca de porco, Milton conhece a garçonete Piper (Amber Heard). Ele precisa ir para Louisiana e ela resolve ajuda-lo dando uma carona depois de ser espancada pelo noivo. Piper faz o típico papel da companhia inocente que aprende a se tornar durona.

Como Piper, ficamos sabendo dos segredos de Milton: no passado ele se meteu com caras errados, foi para o inferno e teve uma chance de ressureição para se vingar de Jonah King (Billy Burke), o líder do tal culto que matou a sua filha e pretende fazer o mesmo com a sua neta num ritual em um presídio abandonado. O Contador sabe que Milton está fazendo hora extra na terra, mas não aceita que um louco sacrifique pessoas inocentes. 

O filme não é ruim e até tem alguns momentos interessantes, mas é recomendado para apreciadores de cenas de perseguições, tiros, pedaços de corpos voando ou que também gostem de ver Nicolas Cage fazendo pastelão de si mesmo numa produção que apela para o tosco.

Saiba mais sobre o filme Fúria Sobre Rodas.

Por Jean Garnier