Pânico 4 (1)

Publicada em 13/04/2011 às 10:07

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Enfim, o quarto filme do Ghostface está ao alcance dos fãs (e do espectador comum também). Podem acusar a produção de caça-níquel, ultrapassada e sem propósito (são alguns dos adjetivos que encontrei ao vasculhar a internet), mas a verdade é que Wes Craven, junto ao parceiro roteirista dos três longas anteriores, Kevin Williamson, conseguiu revitalizar a obra de uma forma extremamente eficaz.

Acertando ao reiniciar os acontecimentos sem apagar os trabalhos anteriores (tendo, para isso, boa parte do elenco original na equipe - o que já é um mérito, pois já se vão onze anos do Pânico 3), Craven merece aplausos ao ter a coragem de ingressar com muito mais convicção no humor. Certamente, Williamson, com seus diálogos rápidos e especialmente engraçados, se instaura como peça mais que fundamental.

Mas, então... trata-se de uma comédia? Não! Definitivamente, não. E sim. Pânico 4 é um ótimo sopro de vida para um gênero já bem mastigado (e mal mastigado): o suspense teen (e, aqui, o termo não é para a idade física). Porém, tem a audácia e a frieza originais de uma dupla que sabe trabalhar com e para jovens, imprimindo contrastes em sua narrativa - Perceba que enquanto rimos de uma cena estamos descarregando a tensão adquirida em outra, o que fará com que o susto seguinte seja intensificado.

As atuações são convincentes, assim como o foram anteriormente (em especial no primeiro). A fotografia é quase comum (leia-se simplória e comercial), mas consegue ressaltar, sutilmente, as nuances tensitivas (e quem estava esperando algo espetacular nesse quesito?). A trilha do sempre regular Marco Beltrami (indicado ao Oscar por Os Indomáveis e Guerra ao Terror – e que também compôs para a trilogia original) conduz as quase duas horas sem incomodar o fluxo da narrativa.

Fico na dúvida se você, ao sair da sessão, estará feliz por ser um(a) fã satisfeito(a) da franquia; tenso(a) depois de dar umas boas tremidas na poltrona confortável (ou não) do cinema; rindo à toa (ou para continuar descarregando a tensão); ou, talvez, com a expressão do personagem da pintura O Grito (Skrik), do norueguês Edvard Munch, que deu origem ao famigerado Ghostface. E já tentei pensar em outras opções...

Bons e ruins filmes para nós!

Saiba mais sobre o filme Pânico 4.

Por Sihan Felix

Comentários (1)





leonardo comentou: adoro o filme panico sou fã é,um filme de terror otimo
como o dia do terror,a hora do pesadelo,a casa de cera,etc.adoro
Nota
26/05/2012 | Responder