Qualquer Gato Vira-Lata

Publicada em 13/07/2011 às 15:36

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Qualquer Gato Vira Lata

Quando se decide adaptar uma peça muito bem sucedida para os cinemas, como é o caso de "Qualquer gato vira-lata tem uma vida sexual mais sadia que a nossa", escrita por Juca de Oliveira, é preciso ter jogo de cintura e trabalhar bastante no roteiro de modo que o mostrado na tela não soe artificial ou muito forçado. Parece, infelizmente, que não acertaram na dose com o filme Qualquer Gato Vira-Lata.

Na trama, Tati (interpretada por Cléo Pires) é uma garota extrovertida e louca de amores por Marcelo (interpretado por Dudu Azevedo), um rapaz mimado e que ainda mora com a mãe. Depois de alguns meses de namoro em que as investidas sempre partiram de Tati, o rapaz pede um tempo, afinal ele só quer saber de curtir a vida e não se amarrar a ninguém. Totalmente desolada, Tati acaba conhecendo por acaso o professor de biologia Conrado (Malvino Salvador), que está desenvolvendo uma tese sobre o relacionamento das espécies ao longo dos anos.

De acordo com o professor, a garota sempre fez tudo errado no relacionamento ao correr atrás do namorado, pois de acordo com Conrado, o primeiro passo deve sempre partir do homem, entre outras afirmações. Para tentar reconquistar Marcelo, Tati acaba se oferecendo para ser uma espécie de cobaia na tese do professor, sendo então instruída por ele com relação a como as coisas devem funcionar em uma relação amorosa.

Não é preciso nem pensar muito para saber com quem a mocinha acabará ao final da história, afinal comédias românticas são mesmo cheias de clichês. Mas a previsibilidade não é o maior dos problemas, e sim o fraquíssimo desempenho de Cléo Pires, que não acerta o tom do humor, e de Malvino Salvador, extremamente forçado. Além disso, há a questão do roteiro, que não está muito bem amarrado, com diversas cenas desnecessárias e monótonas. Quem salva o filme muitas vezes é Dudu Azevedo, que se encaixou perfeitamente no papel e soube conduzir seu personagem na dose e rumo certos.

Qualquer Gato Vira-Lata é o típico filme água com açúcar da sessão da tarde, em que o principal objetivo é fazer com que o espectador relaxe por algumas horas. Cumpre o seu papel como comédia romântica, mas em se tratando de uma adaptação de uma peça que alcançou a marca de um milhão de espectadores, esperava-se um pouco mais.

Saiba mais sobre o filme Qualquer Gato Vira-Lata.

Por Sah Fontoura

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