10 filmes que são tesouros escondidos na Netflix

Publicada em 28/05/2016 às 17:00

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Não dá pra negar: Netflix é uma mão na roda para quem gosta de ficar em casa vendo filmes. Sempre gostei de videolocadoras, de passar um tempinho entre as prateleiras, olhando as capinhas, descobrindo um título antigo ou recém-lançado. Mas o serviço de streaming consolidou-se no país e é uma boa opção para todos os tipos de público: pessoas que moram sozinhas, casais com ou sem filhos. Acontece que são tantos títulos para escolher que você pode ficar assim:

E irmã da indecisão é a preguiça. E aí você acaba aceitando a sugestão que o serviço mostra pra você, com base em escolhas anteriores. Então pegue papel e caneta…ou copie e cole, ou coloque nos Favoritos do seu browser as sugestões abaixo. Lista feita, corra tomar banho sem a mãe mandar, vista aquela roupa velha que virou pijama, gele a cerveja (sem a mãe ver) e se jogue na cama/sofá porque a melhor parte do dia chegou!
 
Muitos títulos estão em inglês, pois não foram lançados no mercado brasileiro, mas todos têm legenda em português. É claro que há títulos mais famosos, mais visíveis, mais lembrados, mas a ideia é justamente ‘escarafunchar’ o Netflix pra achar aquele filme que você ouviu falar ou, até melhor, nunca ouviu falar. 

A Caça

Mads Mikkelsen protagoniza este drama dinamarquês sobre um professor do jardim de infância que é acusado de ter abusado de uma aluna. Apesar de tudo apontar para a imaginação da menina, pouco a pouco a pequena comunidade local, onde o professor era querido, começa a se voltar contra ele.
É de partir o coração. A atuação de Mikkelsen em A Caça foi merecidamente premiada com a Palma de Ouro em Cannes, em 2012. 
 

Aileen - Life and Death of Serial Killer

Ela é conhecida como a primeira mulher serial killer dos Estados Unidos e foi executada na prisão pelo assassinato de pelo menos seis homens na Flórida. O documentário é corajoso ao mostrar como a vida marcada pela violência e rejeição não poderiam levar Aileen para outro lugar que não o corredor da morte.

Dirigido por Nick Broomfield, o filme oferece uma perspectiva diferente para uma pessoa que não teve a chance de viver outra vida. 

Frank e Cindy

G.J. Echternkamp era um jovem recém saído da faculdade, com planos de cursar uma escola de cinema e dar início à carreira como cineasta.  Ele só não esperava que a mãe e o padrasto ficassem no seu caminho, apenas sendo eles mesmos. Sem dinheiro e preso com os dois em uma casa decadente, ele decidiu filmar a vida em "família".

O resultado foi o documentário Frank and Cindy, de 2007 e, mais recentemente, este filme, que recria as peripécias do trio durante os meses de filmagem. É um daqueles filmes que nos fazem pensar: como se explica Oliver Platt e Rene Russo não terem sido indicados ao Oscar e todos os outros prêmios possíveis? Engraçado e comovente, um filme para ver sorrindo, mesmo que com desconforto.  

Uma Estranha Amizade

Uma jovem e determinada atriz pornô, iniciando sua carreira em Los Angeles, faz amizade com uma velhota casca-grossa, solitária, mas também dona do próprio nariz. É um filme que foge à tradição do cinema americano de revelar muito, explicar tudo bem explicadinho.

Não há grandes dramas em Uma Estranha Amizade, apenas uma amizade bastante honesta sendo construída aos poucos, mesmo que a partir de uma mentira envolvendo dinheiro.

Dree Hemingway, como a jovem atriz, e Besedka Johnson são um deleite. Besedka, aliás, tinha 85 anos quando atuou neste filme, que foi seu primeiro e único. De arrepiar. 

Tideland

Jeliza-Rose é muito pequena e está em uma casa abandonada no meio do nada, ao lado do cadáver do pai. Ela continua agindo como se ele estivesse vivo, e faz amizade com um jovem com deficiência mental, caminhando cada vez mais rumo ao mundo que existe apenas em sua imaginação.

Filme de terror? É meio difícil categorizar Tideland (lançado no Brasil com o título de Contraponto), de Terry Gilliam, que leva o espectador para uma jornada delirante, visualmente riquíssima, mas com grandes toques de macabro. Vai encarar?

Em Busca da Fé

Vera Farmiga é mais conhecida pela atuação como a mãe de Norman Bates, em Bates Motel, mas entre uma temporada e outra, ela fez sua estreia na direção com esse sensível drama sobre uma mulher em busca de aceitação (de si mesma e de Deus).
 
A partir de uma adolescência cheia de negligências, ela cresce para tornar-se esposa de um homem bem intencionado, mas meio fanático religioso. Em Busca da Fé é carinhoso com a personagem principal, também interpretada por Farmiga, mas nunca condescendente. 

Sleepwalk with me

Mike Birbiglia é desconhecido no Brasil, mas faz parte da turma de comediantes de stand-up mais bem sucedida nos Estados Unidos. Ele dirigiu e protagonizou essa comédia sobre si mesmo, durante um dos períodos mais difíceis de sua vida: os surtos e difícil diagnóstico de desordem severa do sono REM, um tipo de sonambulismo que fez com ele se jogasse do segundo andar de um hotel, causando grandes ferimentos nas pernas.

Transformar tragédias pessoais em comédia é uma habilidade preciosa, e Birbiglia mostra em Sleepwalk with me que é mestre nisso. 

O Tempo de Cada Um

Depois de ver qualquer filme dirigido por Rebecca Miller, o mais provável é que você se pergunte: por que ela não dirige mais? Por que tanto intervalo entre um e outro? Pois bem, talvez se Rebecca não levasse tanto tempo entre um filme e outro, eles não fossem tão bons.
 
O Tempo de Cada Um reúne e une histórias de três mulheres diferentes em conflito consigo mesmas e com o mundo. Kyra Segdwick, Fairuza Balk e Parker Posey arrasam, cada uma a sua maneira, nos papeis principais.

Creep

Um fotógrafo e cineasta aceita uma oferta generosa para um dia de trabalho com um sujeito que aparentemente quer filmar um dia em sua vida. A partir daí a quantidade de reviravoltas é enorme e dá nos nervos.
 
Creep é um pequeno suspense desses com final surpresa bem de cair o queixo. Interessante a presença do ator e diretor Mark Duplass como protagonista: normalmente associado à comédias, ele aparece aqui como um sujeito com atitudes imprevisíveis e, ao mesmo tempo, muito carismático. 

Em um Dia Claro

Depois de três décadas trabalhando em um estaleiro na Inglaterra, Frank é demitido. Aos 55 anos, ele não sabe o que fazer consigo mesmo e o relação com o filho e a esposa não vai muito bem. A única coisa que Frank gosta é de nadar. Então por que não atravessar os 32km do Canal da Mancha à nado até a França? A premissa poderia render um filme de "superação" bem piegas, mas a opção aqui foi pela comédia.
 
Há sim, algum drama, mas o filme se aproxima de outros títulos como The Full Monty ao mostrar homens grosseiros e aparentemente insensíveis dando espaço para a amizade e o companheirismo. 

Por Fabíola Cunha

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