Estudo expõe a gritante falta de diversidade em Hollywood

Publicada em 10/09/2016 às 13:50

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Diversidade na tela pode ser o tópico mais polêmico em Hollywood, com realizadores, estúdios e premiações promentendo aumentar a representatividade nos filmes, mas um novo esudo mostra que as promessas da indústria cinematográfica estão longe de serem cumpridas. 
A atriz Lupita Nyong'o

A pesquisa lançada recentemente pela Media, Diversity, & Social Change Initiative (MDSCI) na University of Southern California comprovou o que todos sabemos: personagens femininos, LGBT e com etnias não-brancas ainda são dramaticamente mal representados nos prinicipais filmes hollywoodianos.
 
Desde 2007, a MDSCI analisou os 100 filmes mais bem-sucedidos de cada ano, reunindo dados sobre cada personagem com falas ou nome na tela. A análise de 2015 mostra que a diversidade na tela e quase exatamente a mesma de 2007.

Charlize Theron, em Mad Max

Homens continuam a dominar as telas - apenas 31,4% dos personagens com fala eram mulheres nos filmes de maior sucesso do ano passado. em 2007 esse número era de 29,9% e permaneceu nessa média durante todo o tempo do estudo. Essa porcentagem cai ainda mais em gêneros como ação/aventura ou animação - apenas 32 filmes dentro dos 100 mais bem sucedidos de 2015 têm mulheres protagonistas ou co-protagonistas. 
 
Porém, apesar de aparecerem menos nas telas, manteve-se a tendência de aprsentar as personagens femininas como sexy ou em cenas de nudez. O estudo também comprovou que mulheres entre 13 e 20 anos de idade são mostradas da mesma forma sexy e objetificada que mulheres entre 21 e 39 anos. 

John Boyega, Daisy Ridley e Oscar Isaac em Star Wars - O Despertar da Força

Quando se trata da representação de pessoas de diferentes etnias, o estudo provou que 73,3% dos personagens em filmes entre 2007 e 2015 são brancos, 12,2% negros, 5,3% latinos e 3,9% asiáticos. Essas porcentagens não mudaram desde 2007. Dezessete filmes dos 100 mais bem sucedidos de 2015 tinham zero personagens negros ou afro-americanos com fala, enquanto 40 filmes não tinha personagens latinos e 49 não tinham perosnagens asiáticos. 

E como o estudo mostra a presenção de personagens da comunidade Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgêneros (LGBT)? Menos de 1% de todos os personagens com falas ou nomes no período analisado - ou seja, 32 personagens entre 4370 personagens. Em 2014 não hou ve um personagem transgênero com nome ou fala nos filmes analisados - em 2015 houve um. 
 

A atriz transgênero Mya Taylor, em Tangerine

O estudo também comprovou a falta de diversidade atrás das câmeras: Dos 100 maiores filmes de 2015, apenas 8 eram dirigidos por mulheres, quatro por pessoas negras e seis por asiáticos ou asiáticos-americanos. 

Ava DuVernay dirige David Oyelowo em Selma
 

"Seja estudando gênero, raça, etnias, LGBT ou personagens com necessidades especiais, o que estamos realmente vendo são forças excludentes colocando para fora todos que não são homens heterossexuais, brancos e sem necessidades especiais. Apesar de todas as falas e todo o ativismo e toda a atenção da imprensa, este é apenas um ano onde o status quo foi mantido", explica a autora do estudo pela University of Southern California, Stacy L. Smith. 
 
A esta matéria foram incorporadas imagens de bons exemplos de longas que trouxeram protagonistas fora do convencional homem-branco-hetero. Você também pode conhecer nomes de diretoras que estão desafiando os (pre)conceitos em Hollywood
 
Por Fabíola Cunha

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