Filmagens-problema: 10 filmes que quase não chegaram às telas

Publicada em 09/09/2017 às 10:20

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Acha que fazer cinema é fácil? Pois após ler algumas curiosidades sobre as produções mais problemáticas da história, você vai perceber que é muito melhor ser espectador em casa ou comendo pipoca numa sala com ar-condicionado, do que efetivamente por a mão na massa! 

Liga da Justiça 

Liga da Justiça 

 

Fazer um filme de super-herói com um elenco de estrelas nunca é fácil, mas esse estabeleceu um novo patamar de problemas. O diretor Zack Snyder abandonou as filmagens por um motivo mais que justo (a morte de sua filha) e o novo diretor, Joss Whedon, assumiu dois meses de cenas refilmadas. 
 
Isso levou o elenco a reagendar diversos projetos, o que com certeza causou dor de cabeça e custou muito dinheiro. 
 
Além de tudo, como a cereja do bolo, o filme tem a "obrigação" de ser melhor, maior e mis divertido que Batman vs Superman: A Origem da Justiça, que é considerado um péssimo filme. 
 
O filme chega às telas dia 16 de novembro deste ano, então veremos se o sofrimento valeu a pena.

Cleópatra

Cleópatra

 

A produção de 1963 sobre a rainha egípcia é considerado um dos mais problemáticos filmes de todos os tempo. Na época, tornou-se o filme mais caro da história (custou US$ 44 milhões, o equivalente a US$ 300 milhões hoje). 
 
Também teve diversos diretores e quase levou a 20th Century Fox à falência, além de demorar anos para ser finalizado. Isso sem falar no relacionamento de Elizabeth Taylor e Richard Burton, que começou nos sets e atraiu os olhares de toda a imprensa de fofocas (ambos eram comprometidos na época). 

O Portal do Paraíso

O western de 1980 tornou-se um desastre tão grande, que manchou de forma irreversível a carreira de Michael Cimino, que vinha de elogiadas e bem-sucedidas produções (com Oscar por O Franco-Atirador). 
 
O estúdio United Artists faliu e o filme foi um fracasso de bilheteria e críticas. Por causa desse filme, os estúdios voltaram a ter grande controle sobre as produções, depois de um período nos anos 1970 onde os diretores haviam atingido um patamar de grandes autores das obras cinematográficas. 

Fitzcarraldo

Fitzcarraldo

 

O filme de Werner Herzog se passa na Amazônia brasileira, inclusive com participações de atores daqui, como Grande Otelo e o compositor Miltom Nascimento.
 
Herzog exigiu da equipe a construção de sets complicados, chegando ao ponto de exigir que 700 pessoas puxassem um barco de grande porte por uma montanha acima. 
 
Muitas pessoas da equipe ficaram feridas, incluindo um homem que foi picado por uma cobra venenosa e teve que cortar o próprio pé para parar o envenenamento (estamos falando de filmagens no meio da floresta mesmo!). 
 
O protagonista, Klaus Kinski, também não era fácil: em outra produção com Herzog, o diretor ameaçou matá-lo e se matar depois, entre outras situações delicadas. 

O Iluminado

O Iluminado

 

Pobre Shelley Duvall. A atriz foi atormentada durante as filmagens do clássico de Stanley Kubrick, classificando a experiência de "quase intolerável". Kubrick fazia jogos psicológicos sádicos com ela, ordenando que a equipe a evitasse e a deixasse isolada.
 
Além disso, ele exigia que ela chorasse por horas e horas seguidas. Duvall ficou tão devastada que seu cabelo começou a cair.
 
Hoje longe das telas, a atriz sofre com doenças psiquiátricas - que não estão diretamente ligada à experiência nas filmagens, mas com certeza foram estimuladas. 

A Ilha do Dr. Moreau 

Os problemas já começaram antes das câmeras serem ligadas. Bruce Willis caiu fora, Val Kilmer exigiu absurdos e Marlon Brando se recolheu após a morte da filha. 
 
Três dias de filmagem tinham passado quando o diretor Richard Stanley foi demitido. As coisas só pioraram a partir dali, com Kilmer tendo ataques de diva e Brando sequer decorando suas falas - que eram passadas via ponto eletrônico.
 
O ator David Thewlis, que mais tarde estaria na saga Harry Potter e em Mulher-Maravilha, recordou-se em uma entrevista que o sinal do ponto eletrônico de Brando sofria interferência da rádio da policial local. Por isso, um belo dia, Brando repetiu (no meio de uma cena!) algumas falas da transmissão da polícia sobre um assalto. 
 
O documentário Lost Soul: The Doomed Journey of Richard Stanley’s Island of Dr. Moreau mostra os bastidores de pesadelo dessa produção, considerada um dos piores filmes já feitos. 

Guerra Mundial Z

Guerra Mundial Z
 
Protagonizado por Brad Pitt, o filme até que não é ruim. Ruim foi a filmagem dele. Um orçamento estourado (perto de US$ 225 milhões), atrasos, saída de roteiristas, produtores e técnicos de efeitos visuais e disputas entre Pitt e o diretor Marc Forster. 
 
Esses e outros problemas tornaram as filmagens mais difíceis do que matar os zumbis em questão. 

Apocalypse Now

Apocalypse Now

 

Insanidade, clima tropical, atores complicados. Um dos maiores filmes já feitos sobre o horror da guerra teve filmagens tão arrsadoras quanto seu tema. Francis Ford Coppola investiu US$ 16 milhões no filme e foi filmar nas Filipinas.
 
Lé encontrou clima instável e cruel, o sobrepeso e a memória ruim de Marlon Brando, a demissão de Harvey Keitel. Como a cereja do bolo, o protagonista Martin Sheen teve um ataque cardíaco e um colapso nervoso no meio de tudo isso.
 
A esposa de Coppola, Eleanor, seguiu a catástrofe nos bastidores com uma câmera, resultando no documentário Francis Ford Coppola - O Apocalipse de um Cineasta

O Regresso

O Regresso

 

Leonardo DiCaprio faria de tudo para vencer um Oscar, então O Regresso testou a resistência do ator. Ele comeu fígado cru de bisão, entrou (mesmo) em uma carcaça de um cavalo morto, passou horas e horas exposto às temperaturas terrivelmente baixas do Canadá.

O diretor Alejandro G. Iñárritu, que não é flor que se cheire, e o ator Tom Hardy brigaram para valer, com relatos de que chegaram a sair no braço. no fim, o filme foi um sucesso e DiCaprio levou a estatueta para casa. 

Waterworld - O Segredo das Águas

Waterworld - O Segredo das Águas

 

Toda década tem sua própria Cleópatra: uma bomba que custa muito, dá muita dor de cabeça para ser feita e não diz quase nada quando é lançada. Nos naos 90, a bomba foi esse filme dirigido e protagonizado por Kevin Costner
 
Com custos de US$ 175 milhões, o filme afundou nas bilheterias de forma vergonhosa. O desastre começou nas filmagens, com cenários caríssimos sendo engolidos pela água (não de forma proposital), parte do elenco sofrendo enjoos debilitantes nas filmagens marítimas e Costner quase morrendo em uma cena onde é amarrado no mastro de um navio. 

As Aventuras do Barão de Munchausen

O diretor Terry Gilliam parece assombrado por produções que simplesmente não se desenvolvem sem caos, acidentes, destruição de sets, perda de dinheiro, entre outros problemas.
 
Na verdade, essa lenda de que Gilliam é um diretor de produções sempre problemáticas ganhou força com esse filme. Rodado parte na Itália, parte na Espanha e parte na Inglaterra, o longa sofreu com a disputa entre os donos do dinheiro (produtores, estúdios e empresas de financiamento), a criatividade sem limite de Gilliam (que pedia sets construídos como obras de arte gigantescas) e uma equipe que não se comunicava direito, pois falava diferentes idiomas.
 
Orçamento estourado, brigas, greves, Gilliam socando o parabrisa do próprio carro e Eric Idle completamente horrorizado com as filmagens: isso e mais um pouco pode ser conferido no documentário The Madness and Misadventures of Munchausen, que examina o caos 20 anos depois do filme.
 
É um dos raros documentários sobre filmagens em que os participantes não ficam se elogiando, mas sim refletindo de forma honesta sobre os horrores (e algumas delícias) de se fazer cinema. 
 
Por Fabíola Cunha

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