Passeata durante a greve de 2007
O Writers Guild of America (WGA) deu sinal verde para uma nova greve de roteiristas nos Estados Unidos, marcada para o dia 2 de maio. Uma votação com membros da associação teve 96% de votos favoráveis à greve. O WGA é o órgão que defende os interesses da categoria.
A Alliance of Motion Picture and Television Producers (AMPTP) representa os estúdios, ou seja, os "patrões" dos roteiristas. As duas partes não entraram em acordo sobre aumento de salários e benefícios, principalmente com a chegada e fortalecimento dos serviços de streaming, como Netflix, Amazon Prime e Hulu - os roteiristas são pagos em valores muito mais baixos para essas plataformas na comparação com a TV convencional e querem equiparação.
A última grande greve de roteiristas foi em 2007 e se você acha que não reflete no seu dia a dia, pense de novo: séries são paralisadas, temporadas atrasam e histórias ficam sem conclusão. Para quem acompanha qualquer show, isso significa meses de espera por uma conclusão.
O contrato que está sendo negociado entre patrões (produtores) e empregados (roteiristas) é de três anos para cinema e TV. As conversas terminam oficialmente dia 1º de maio.
Em 2007, a greve durou 100 dias. Séries como
Lost,
30 Rock, The Office e
Gossip Girl foram afetadas. Os canais brasileiros de TV paga tiveram que recorrer a reprises, já que o número de episódios gravados com antecedência não foi suficiente para suprir mais de 3 meses sem produção.
Atores como
Steve Carell e
Tina Fey aderiram à greve em solidariedade aos roteiristas. Embora sejam estrelas e não tenham problemas salariais, a adesão de nomes famosos fortalece o movimento para os "peões", que ganham menos e pela tabela do sindicato.
Por Fabíola Cunha
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