Bravura Indômita

Publicada em 15/02/2011 às 13:23

Comente



Um dos grandes desafios de fazer um longa baseado em uma obra já filmada, é que sempre irão aparecer as comparações. A versão 2010 de Bravura Indômita (True Grit) é mais fiel ao texto de Charles Portis sobre uma melancólica perseguição na região do Colorado, Estados Unidos, só com várias pitadas peculiares de cinismo e do absurdo, algo bem típico de tudo o que é dirigido pelos irmãos Coen.

O filme é narrado por Mattie Ross (Eliabeth Marvel) e tem o seu foco em 1870, ano que marcou a família. Quando tinha 14 anos (Hailee Steinfeld), Tom Chaney (Josh Brolin) assassinou o seu pai e fugiu com uns cavalos e umas peças de ouro. O xerife da região entende a sua fúria, só que diz não poder fazer muita coisa.

Mattie é determinada e corajosa, resolve promover uma caçada. Contrata um general caolho e enferrujado, Rosster Cogburn (Jeff Bridges), porque ele é descrito como um cara impiedoso. A jovem desconfia da força de Cogburn ao vê-lo largado e completamente bêbado. Na duvida, consegue a companhia também do Texas Ranger La Boef (Matt Damon).

No momento em que o trio está formado e tomam o caminho, a angustia é entrelaçada por tempestivos desentendimentos sobre as responsabilidades que cada figura vai ganhando e prepara a história para o momento máximo. A heroína demonstra que não pode ser facilmente intimidada, mesmo tendo uma aparência frágil. Ela é impulsionada a rastrear o homem que atirou em seu pai, dominada por uma vontade de fazer justiça estampada no seu gélido rosto.

Bravura Indômita é envolvida por uma atmosférica trama em que o ponto forte é o seu elenco. A dimensão dramática e emocional que a convivência entre as personagens de Marvel e Bridges  – um misto de respeito e confronto – é contada, reforça a coragem e a vontade de transformar um remake em algo original.

Saiba mais sobre o filme Bravura Indômita.

Por Jean Garnier

Comentários (0)





Nenhum comentário, ainda. Seja o primeiro a comentar!