Drive

Publicada em 16/01/2012 às 14:41

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Drive conta a história de um piloto de filmes em Hollywood (interpretado por Ryan Gosling) que também trabalha como mecânico e, muito raramente, dirige para ladrões em fuga. A narrativa parece linear e sem surpresas até que ele conhece Irene (Carrey Mulligan - Vizinha que sozinha cuida do filho Benício enquanto o marido está preso).

Confesso que, em 40 minutos de filme, eu já estava ficando entediada, até a entrada de Standard na trama, o marido presidiário de Irene, que saiu da prisão na mesma semana que o romance entre ela e o piloto começava a rolar. Aparentemente um triângulo amoroso certo? Errado! A personagem interpretada por Ryan permanece com todo respeito do mundo por aquela família e resolve livrar a cara do pai de Benício ao saber que o rapaz estava sendo perseguido e obrigado a cometer mais um crime.

Drive é mais que um simples drama policial, é o tipo de filme que, sem muita ação, consegue deixar o espectador curioso. Talvez quem prefira filmes com mais explosão, tiroteio e perseguições, fique um pouco insatisfeito com o desenrolar das coisas. Entretanto se você, caro leitor, gostou de filmes como Crash – No Limite, 21 gramas e outros tantos filmes que falam de realidade sem seguir uma regra, com certeza vai gostar de Drive.

Um dos pontos interessantes no filme é que a personagem principal é chamada de “Garoto”, “Piloto”, e outros tantos nomes, mas seu nome verdadeiro não aprece. Ryan está irreconhecível nesse filme e confesso que não tinha certeza de que se tratava do mesmo galã que outrora encantara em filmes como Diário de uma Paixão, Namorados para Sempre, A Garota Ideal, etc. Outro ponto interessante é a construção de uma personagem que aparenta uma frieza patológica, quase de um sociopata – o que justifica algumas ações mais agressivas durante a construção dos fatos.

Quanto à trilha sonora, não chega a ser um diferencial no filme. Porém, como outros dramas policiais, a trilha faz parte de um emaranhado de sensações obscuras e complexas. Acho que não foi de todo ruim, já que representa uma desconstrução da violência e um encontro com o “eu interior” do protagonista.

Drive é um drama com uma pitada de cenas policiais à gosto. Não espere muita ação, mas acompanhe cenas de tirar o fôlego.

Saiba mais sobre o filme Drive.

Por Lu Meningue

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