Guerra é Guerra!

Publicada em 11/04/2012 às 14:18

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Quando o assunto é comédias românticas, as mulheres costumam remeter a tramas recheadas de cômicos encontros e desencontros amorosos, enquanto os homens se preparam para os momentos do relacionamento que terão de ceder para ir ao cinema assistir aquela mistura nada extraordinária de açúcar com lágrimas. Se você, mulher, acha que este é mais um filme meigo como os outros e se você, homem, acha que não irá aproveitar nada além da pipoca e da companhia, preparem-se para uma sessão diferente das outras.

Guerra é Guerra não inova, mas renova. Os clichês estão lá e são óbvios, no entanto o filme é inteligente e sagaz o suficiente para percorrer caminhos incomuns para dizer que a mocinha irá ficar com o... Bem, é melhor não revelar. Há ação o suficiente para entreter os meninos, romance o bastante para fazer sonharem as meninas e humor em grande medida para fazer rir qualquer um dos gêneros.

Com atuações impecáveis, naturais e perfeitamente enquadradas em seus objetivos, o filme não se deixa cair, em momento algum, na monotonia. Chris Pine e Tom Hardy tem tanta química entre si, quanto tem com Reese Witherspoon, fazendo com que se torne uma tarefa difícil dizer qual dos dois merece vencer a guerra. Sendo ligados ambos os atores a filmes "nerds" (Star Trek e Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge, respectivamente), torna-se quase inevitável não lembrar do Capitão Kirk ou do Bane (até mesmo porque alguns trejeitos do vilão pareciam ainda estar impregnados em Hardy). Não seria uma batalha épica?

É um trabalho bastante árduo tentar imaginar atores que pudessem ter desempenhado os papéis de espiões com tamanha competência quanto Pine e Hardy, porém o mesmo não pode ser dito de Reese. O que não significa que ela tenha deixado a desejar. É admirável a sua capacidade de equilibrar características que, nas mãos de outras atrizes, ganhariam pesos diferentes. Enquanto em algumas estrelas, a beleza, o talento, a sensualidade ou alguma espécie de "carma" de personagens se destacam, Reese é capaz de representar a justa medida do conjunto, além de provar que não é há muito tempo a Legalmente Loira (como muitos ainda recordam).

A obra como um todo possui sequências primorosas e ideias intensamente criativas. Merece ênfase a tomada única em que uma distraída Lauren (Reese) dança na confortável privacidade de sua casa enquanto ambos os espiões percorrem o lar da desavisada moça em busca de pistas que indiquem os gostos dela.

O diretor McG foi capaz de conferir ao filme uma fluidez raramente vista nesse gênero cinematográfico. Sem choques melodramáticos e vaivéns enfadonhos, a dupla de roteiristas Timothy Dowling e Simon Kinberg salva a sessão com um humor inteligente e uma trama nada pedagógica.

Guerra é Guerra é o tipo de comédia que faz rir mesmo quando assistida mais de uma vez, seja pelas piadas em si, seja pelo desempenho ímpar dos atores. Sem um final triste ou feliz, os noventa e sete minutos de projeção acabam e deixam no espectador certo “quero mais” que, espero, não seja satisfeito com uma inconveniente sequência.

Saiba mais sobre o filme Guerra é Guerra.

Por Laísa Trojaike

Comentários (2)





Rafael Freitas comentou: quero muito ver 10/09/2012 | Responder

Ratane comentou: Eu amo esse filme Guerra e Guerra e muito bom e muito engraçado já vi 2 vez e vejo muito mais Nota
13/06/2012 | Responder