O Livro de Eli

Publicada em 19/03/2010 às 14:21

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Em mais uma história, em mais um mundo pós-apocalíptico, um homem solitário caminha por terras um tanto estranhas e habitadas pela pior escória que sobrou da humanidade. Há dezenas de filmes nessa última década que possuem essa mesma premissa, só que O Livro de Eli (The Book of Eli – 2010) tem um grande diferencial: ele empolga e prende sua atenção do começo ao fim.

Tudo começa quando um viajante chamado Eli (Denzel Washington) caminha durante 30 anos no meio de ruínas em direção ao Oeste dos Estados Unidos. A sua sagrada missão irá ajudar na reconstrução de um novo mundo. Ele se alimenta com o pouco que sobrou, como por exemplo um gato selvagem, e no decorrer da sua jornada pouco fala com as pessoas e não gosta de companhias. O peregrino é um cara rápido e bom de briga, ou seja, qualquer pessoa que quiser encrenca, o provoque.

Só que o protagonista mal sabe que chega numa cidade sem lei quase abandonada e que há anos é dominada por Western Carnegie (Gary Oldman). Carnegie tem como passatempo sacrificar vidas e fazer todos os esforços para conseguir a última cópia de um misterioso livro, além de manter uma tempestiva e forçada relação com Claudia (Jennifer Beals), e a filha dessa sua amante, Solara (Mila Kunis). Adivinha quem possui essa relíquia? Pois bem, através de sua fé, Eli vai sacrificar a sua vida ao guardar aqueles escritos que acredita serem a redenção do planeta Terra.

A direção dos irmãos Hughes, Albert e Allen, abusou da conotação religiosa e conseguiu realizar um filme inspirador e diferenciado, recalcando um pouco numa mensagem humanística em meio a toda a desolação que restou. Os Hugues se aproveitaram de um incrível visual, mesmo usando artifícios que outros diretores já cansaram de utilizar. Denzel apresenta a enorme força de um cidadão convicto de seus ideais. Há de se lembrar, também, como é bom ver Oldman fazendo esse tipo de personagem perverso. É uma espetacular diversão na certa, ou em outras palavras, assista!

Saiba mais sobre o filme O Livro de Eli.

Jean Garnier.

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