Publicada em 19/08/2011 às 12:38
Filme adapta para as telonas os seres azuis do belga Peyo, que se aventuram pelas ruas de Nova York.
Fofo, muito fofo, é o muito do que se pode dizer do filme Os Smurfs. Até os marmanjões que saírem do cinema vão dizer “Ôohh!”, ao serem questionados sobre o que acharam da adaptação para os cinemas dos personagens da obra do belga Peyo. Dirigido por Raja Gosnell (Os Seus, os Meus e os Nossos e Scooby-Doo 2 - Monstros à Solta), o filme faz até os espectadores que não conheceram ou não se lembravam dos seres azuis ficar com vontade de ver os desenhos animados que passavam nos programas infantis na década de 1980.
E todos eles estão na telona, com destaque principalmente para o Papai Smurf, Gênio, Desastrado, Ranzinza, Corajoso e, é claro, Smurfete. No início do filme, é possível identificar muitos outros, como o Narrador, o Pintor e o Cozinheiro, para citar apenas alguns. Mas com narrativa ágil e o roteiro é bem amarrado, logo a aventura se transfere para as ruas de Nova York.
Como não poderia ser diferente, é o Smurf Desastrado quem cria uma baita confusão, trazendo o malvado Gargamel e seu fiel escudeiro do mal, o gato Cruel, para o seu mundo. Com mais trapalhadas do Desastrado, os seis Smurfs atravessam o portal mágico que os fazem cair em pleno Central Park. No ‘mundo real’, encontram o casal Patrick (Neil Patrick Harris) e Grace (Jayma Mays), que se torna amigo e imprescindível para conseguirem voltar ao seu mundo encantado.
Para piorar a situação e melhorar a aventura, Gargamel e Cruel também chegam à Nova York e, com isso, a confusão está armada. Somam-se a isso uma empresária do ramo da publicidade inescrupulosa, Odile (Sofia Vergara), e uma série de divertidos personagens que conseguem tirar risadas das situações mais inocentes.
O filme segue a linha do politicamente correto, mas sem exageros. O único exagero cometido é o bombardeamento que o espectador recebe de cenas com merchandising, que poderia ser justificado pelo tema da publicidade estar inserido no roteiro. Todavia seria uma justificativa um tanto inocente, assim como os seres azuis que compensam essas mancadas da produção. O casal de seres humanos também deixa a desejar, junto aos Smurfs, parece até um pouco bobinho demais. Mas outra recompensa é o efeito 3D, que foi bem aproveitado, criando cenas que chegam a deixar o expectador tonto, com piruetas e voos de aves que os Smurfs pegam carona.
Destaque para o ator Hank Azaria (Uma Noite no Museu 2 e Amor & Outras Drogas) que interpreta Gargamel. Assim como os demais “humanos”, ele não é uma animação como os Smurfs. De carne e osso, ele parece mais um produto da computação gráfica, pois é perfeito em suas caras e bocas e consegue fazer com maestria o típico malvado que não dá pra ser levado a sério. Palmas também para as risadinhas que a computação gráfica conseguiu tirar do gato Cruel. Além disso, o final é fofo, muito fofo, mas sem exageros.
Saiba mais sobre o filme Os Smurfs.
Por Paula Cassandra