Um Gato em Paris

Publicada em 13/06/2011 às 16:12

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Um Gato em Paris Crítica Cinema10

Logo de início, o filme demonstra, através do traço expressivo, que não estamos diante de uma animação infantil. Confirma isso quando revela características dos personagens através de sutilezas em suas expressões corporais e faciais notáveis somente aos mais atentos. Mistério, crianças, gatos, bonzinhos e malvados e tudo isso, como diz o título, na Cidade Luz. Anima e cria expectativas logo de início, mas, durante o desenvolvimento, põe em xeque essa primeira impressão.

Para os espectadores mais atentos e bem dotados de boa percepção não há a dificuldade em prever o desenrolar dos fatos. Isso porque o filme, assim como o gato Dino que mantém uma vida dupla entre a menina e o ladrão, oscila entre adulto e infantil. Toda estrutura da animação se firma como adulta, mas insiste em se desenvolver como que para um público menos exigente. Abre mão da exploração psicológica dos personagens para explorar clichês emocionais. É notável o contraste entre o visual e o roteiro.

Um Gato em Paris
é um filme para se deixar levar sem expectativas ao longo dos seus breves setenta minutos de duração, onde se tem a oportunidade de apreciar, literalmente, uma obra de arte visual em movimento e não um rebuscado conjunto cinematográfico, agradando aqueles que o viram sem expectativas e, talvez, decepcionando aqueles que foram conferir o melhor das mais recentes produções francesas.

Ainda que o filme acabe sem se decidir de qual lado está, contrastando insanidade com final feliz, ele não deve ser desprezado. É sensível, meigo e simples, além de agradar muito aos fãs dos felinos domésticos. É justamente por permanecer na indecisão que esse filme se torna uma boa pedida para aquelas situações onde não se quer um cinema denso nem de baixa qualidade, mas, sim, um meio termo, sem risos e sem lágrimas.

Saiba mais sobre o filme Um Gato em Paris.

Por Laísa Trojaike

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