Elise (
Veerle Baetens) e Didier (
Johan Heldenbergh) se apaixonam à primeira vista, mesmo sendo pessoas muito diferentes. Ele é um músico romântico e ela a realista dona de um estúdio de tatuagem. Apesar das diferenças, o relacionamento dá certo e eles têm uma filha, Maybelle (Nell Cattrysse). Aos seis anos a menina fica gravemente doente e a família se desestabiliza.
Se, num primeiro momento, a gravidez dela é motivo de pânico, logo ele aceita o fato e começa a reformar a casa da fazenda onde está estacionado o trailer onde moram. A trajetória de Didier e Elise no passado é pontuada pelas cenas no hospital com a filha que passa por quimioterapia, e por outras nas quais a banda alcança a fama e começa fazer apresentações pela região. À medida que se apresenta o passado feliz do casal, cresce a angústia pela melancolia do presente.
Baseado numa peça co-escrita pelo ator Heldenbergh, Alabama Monroe, deixa-se levar pelas lágrimas fáceis em sua última parte, mas ainda assim encontra respaldo na atuação precisa do elenco e na dimensão humana dos personagens. Elise, a cada cena, se torna mais fervorosa, mais apegada à religião, enquanto Didier, um ateu, continua a sonhar com os Estados Unidos – para ele, o país dos sonhos.
É claro que a qualquer momento essa visão idealizada desmorona – especialmente quando George W. Bush veta a pesquisa com células-tronco, o que poderia ajudar no tratamento de sua filha. Nota Responder