Jason (
Zac Efron) e seu melhor amigo Daniel (
Miles Teller) levavam uma vida de festas, farra e muita diversão, sem
relacionamentos sérios. Após o divórcio de Mikey (
Michael B. Jordan) juntam-se para ajudá-lo a esquecer a ex-esposa, só que aos poucos cada um deles começa a se envolver com diferentes mulheres que mudam seu jeito de pensar, até chegar ao momento onde deverão escolher entre a liberdade da vida de solteiro ou o compromisso de um
namoro.
Claro que existem momentos que salvam o longa do desastre completo. Méritos mais para o carisma de Zac Efron e Michael B. Jordan, especialmente deste último, do que para a (falta de) consistência do roteiro em si. Ambos carregam a trama nas costas. Se a polêmica envolvendo a escolha de Jordan como o Tocha Humana levasse em consideração apenas carisma e talento, o que infelizmente não é o caso, com certeza ninguém contestaria seu nome. E Efron, apesar de não ser particularmente talentoso, definitivamente conseguiu se desvencilhar do fantasma chamado Troy Bolton que o assombrava desde o fim da trilogia “High School Musical”.
Nos outros segmentos da película, clichês e lugares-comuns; tudo o que já vimos diversas vezes em outros filmes semelhantes a este. Aqui, o que chama a atenção – negativamente – é a falha constrangedora em tentar criar um envolvimento emocional com os espectadores. Em momentos cruciais, quando, teoricamente, éramos para estar à flor da pele, a indiferença toma conta, principalmente por já sabermos como tudo aquilo irá terminar, tamanha a previsibilidade do script e a falta de criatividade dos realizadores na concepção da obra.
Neste sentido, não tem nem como atribuir culpa a terceiros, uma vez que Tom Gormican é responsável tanto pela direção quanto pelo roteiro, parecendo realmente acreditar que um discurso meloso e meia-boca no último ato pode mesmo salvar toda uma narrativa mal construída. Pior, a impressão que passa é a de que o diretor nunca de fato viu uma comédia romântica na vida, à medida que as resoluções que propõe soam tão genéricas e artificiais que podiam se encaixar em qualquer um desses enlatados do gênero que Hollywood produz a rodo todos os anos.
Dessa forma, dependendo quase exclusivamente do carisma de um ou outro nome do elenco para funcionar razoavelmente, “Namoro ou Liberdade” não cumpre de maneira minimamente satisfatória sequer a mais essencial de suas premissas, que é divertir e entreter o espectador. Quando uma obra não consegue alcançar nem o mais básico objetivo pela qual foi concebida, é sinal de que algo (ou muita coisa) deu errada. Nota 31/03/2014 | Responder