Cinebiografia conta a história do criptoanalista inglês Alan Turing (Benedict Cumberbatch), considerado pai da computação moderna. Ele lidera uma tensa corrida contra o tempo ao ser convocado para o projeto Ultra, a fim de descobrir os códigos de guerra nazistas e, dessa forma, ajudar os aliados a vencerem a Alemanha na Segunda Guerra Mundial. Ao mesmo tempo, Turing precisa esconder sua homossexualidade, considerado crime na época.
Pois em nossos tempos ser emotivo vira sinônimo de lugar-comum ou galhofa. Explico-me: eis que na companheira de Hawking há o desespero em vê-lo adoentando-se ainda novo e há um Hawking com ela complacente e lacrimejante, pois sentiu que a perdera, já no fim do casamento; e saímos com aquela sensação de ser um triste filme. Já, em Turing, acomete-nos um sentido de fragilidade enorme perante a condição de ser humano do cientista e matemático infundadamente compreendido, tanto em bullyings quanto no trato social; e na solidão terrível junto à morte do amigo; principalmente ao se ver sem saída com os remédios que "curariam" sua "moléstia". O golpe é dado aqui um ano após estes fatos, com seu suicídio – já nos créditos finais. Uau! Quatro estrelas merecemos aqui, não??
Este filme, acredito firmemente nisto, dá um tapa na cara das pessoas que vão assisti-lo pelo gênio dos primórdios dos computadores e sem querer visualizam – espero eu – suas próprias piadas ou citações homoafetivas como coisas que não deveriam mais existir – a própria Inglaterra só em 2013 resolveu dar créditos especiais a Alan Turing! Nota Responder
Vou ver... Nota Responder