O cineasta Steven Spielberg completou 70 anos no dia 18 de dezembro de 2016 e ele é um raro diretor e produtor que consegue realizar filmes que são sucesso de crítica e de público. Ele começou a carreira precocemente, aos 13 anos, quando ganhou uma câmera Super 8 e de lá pra cá não parou mais.
Hollywood tem muito a agradecer a Spielberg, pois foi ele o responsável por dar início aos blockbusters, que hoje rendem bilhões nas bilheterias. Foi com Tubarão que o diretor começou essa era, acompanhado de George Lucas e sua saga Star Wars.
Ao longo de 57 anos de carreira, o diretor e produtor coleciona diversos clássicos. Agora, o Cinema10 te convida para conferir 10 grandes filmes para celebrar a carreira de Steven Spielberg!
Encurralado (1971)
Este é segundo longa-metragem da carreira de Spielberg, que transforma uma trama simples num exercício de suspense. Nela, um homem dirige por uma estrada deserta e começa a ser perseguido por um caminhão-tanque.
Spielberg consegue manter a tensão até o final e deixa o espectador na ponta do sofá em cenas como a do caminhão forçando o carro do homem a ir para a linha do trem.
Com Tubarão, Spielberg inaugurou a era do filme-pipoca, que de lá pra cá se fortaleceu com títulos comerciais como as produções da Marvel. O longa teve orçamento de US$ 7 milhões e foi a maior bilheteria daquele ano nos Estados Unidos, com renda de US$ 260 milhões.
O filme, com trilha sonora inesquecível, começa mostrando uma mulher nadando no mar à noite, quando é atacada. A cena deixa a aura de mistério em torno do temido tubarão, que depois começa a apavorar os turistas durante o verão numa cidadezinha.
A produção contou com efeitos especiais capengas e o vilão do título não passava de um tubarão mecânico que teimava em não funcionar por diversas vezes. Esse clássico do suspense teve continuações e serviu de inspiração para o exploitation brasileiro Bacalhau, lançado no mesmo ano.
Indiana Jones e os Caçadores da Arca Perdida (1981)
Spielberg tinha como sonho fazer um filme do agente secreto James Bond. Mas os produtores nunca lhe deram atenção. O troco veio quando o cineasta resolveu dirigir seu próprio filme de ação/aventura: Indiana Jones e os Caçadores da Arca Perdida.
O personagem fora criado pelo amigo do cineasta, George Lucas, e Spielberg deu seu toque, transformando Indiana Jones num dos personagens mais icônicos do cinema.
Harrison Ford dá vida ao arqueólogo e explorador do título e enfrenta nazistas enquanto tenta pôr as mãos na relíquia Arca da Aliança. A produção mistura muito bem a aventura e a comédia, gerando cenas famosas como a em que Indiana Jones foge de uma rocha gigante que rola em sua direção.
A produção rendeu a segunda indicação ao Oscar de Direção para Spielberg após Contatos Imediatos do Terceiro Grau. O longa teve três sequências e mais uma está prevista, marcando a nova colaboração do cineasta com Ford.
Aqui, Spielberg retoma o seu tema favorito: invasão alienígena, depois de Contatos Imediatos do Terceiro Grau. Em geral, os extraterrestres são vistos como grandes ameaças aos terráqueos, caso de outro longa do cineasta: Guerra dos Mundos (2005).
Mas no caso de E.T., essa imagem é desmitificada com o adorável ser de outro planeta, que faz amizade com um menino. A presença dele acaba sendo descoberta por pesquisadores, que querem transformá-lo numa cobaia. Resta ao garoto ajudar E.T. a escapar e encontrar o caminho de casa. Spielberg concorreu ao Oscar de Melhor Filme e Diretor.
Depois de alguns blockbusters no currículo, Spielberg quis mostrar que também sabia fazer dramas adultos e filmou A Cor Púrpura. A produção tocante mostra a jornada sofrida de Celie (Whoopi Goldberg).
Estuprada pelo pai, ela é separada dos dois filhos e depois de sua irmã. Como se não bastasse, a mulher ainda é vendida para um homem que lhe trata como escrava. A única forma de se expressar é por meio de cartas. Goldberg faz uma interpretação delicada que lhe rendeu uma indicação ao Oscar e também para Spielberg, de Melhor Filme.
Esse é um dos trabalhos mais pessoais de Spielberg. O diretor é judeu e retrata a história real dos horrores vividos por seu povo durante a Segunda Guerra Mundial. Foram mortos mais de 6 milhões de judeus durante o regime da Alemanha.
Oskar Schindler (Liam Neeson) pertence ao partido nazista e é um homem muito influente. Ele usa toda sua fortuna para comprar judeus que estão em campos de concentração para trabalharem em sua fábrica de esmaltados e munição.
Ao longo de seis anos de assassinatos, Schindler consegue salvar 1100 judeus e mesmo assim acha que não fez o bastante. Por esse trabalho, Spielberg venceu seus primeiros Oscar: de Melhor Diretor e Filme.
Spielberg também explorou a Segunda Guerra Mundial, mas aqui tendo como pano de fundo a luta das Forças Aliadas contra os alemães. O Capitão John Miller (Tom Hanks) tem como missão resgatar o soldado James Ryan (Matt Damon).
Para a tarefa arriscada, Miller conta com o apoio de mais sete militares e o grupo precisa procurar por Ryan, mesmo não sabendo se ele ainda continua vivo.
A produção conta com uma abertura com 25 minutos de tirar o fôlego, mostrando a Batalha da Normandia e toda a sanguinolência do combate em detalhes. Pelo filme, Spielberg venceu seu segundo Oscar de Melhor Diretor.
Tom Cruise interpreta o policial John Anderton, que chefia a unidade Pré-Crime, que conta com três videntes, chamados de precogs, capazes de prever assassinatos. Cabe a Anderton e sua equipe coletarem informações para impedir tais crimes.
No entanto, o policial foge quando um dos precogs revela que o próximo assassinato será cometido por Anderton. A tecnologia vista no longa é um show à parte e hoje, uma delas, a tela touchscreen, virou realidade em smartphones e tablets.
A filmografia de Spielberg conta com poucas comédias e por isso vale a pena citar Prenda-me Se For Capaz. O longa, baseado em fatos reais, mostra Leonardo DiCaprio na pele do estudante Frank.
Ele se especializa em falsificar cheques e se passa por piloto, médico e advogado para aplicar golpes, gerando um prejuízo de US$ 1,3 milhão. Mas a vida de falsário é ameaçada quando um agente do FBI (Tom Hanks) começa a caçar Frank, transformando o filme num divertido jogo de gato e rato.
Spielberg concorreu novamente aos Oscar de Melhor Diretor e Filme por essa cinebiografia do presidente americano Abraham Lincoln (Daniel Day-Lewis). A Guerra da Secessão é o pano de fundo, enquanto o governante luta para aprovar a 13ª Emenda para selar o destino de milhões que vivem na escravidão.
Claro que essa vontade de Lincoln em colocar um fim na escravidão gera protestos, mas para ele é a única forma de curar o mal e mudar a realidade das próximas gerações. Day-Lewis brilha como o 16º presidente dos Estados Unidos e esse incrível trabalho lhe valeu o Oscar de Melhor Ator.
O cineasta Steven Spielberg completou 70 anos no dia 18 de dezembro de 2016 e ele é um raro diretor e produtor que consegue realizar filmes que são sucesso de crítica e de público. Ele começou a carreira precocemente, aos 13 anos, quando ganhou uma câmera Super 8 e de lá pra cá não parou mais.
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