Crítica | A Vastidão da Noite: a ficção científica pode ser simples

Publicada em 27/07/2020 às 21:43

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Foto: Divulgação/Amazon Prime Video

Em uma pequena cidade do Novo México durante os anos 50, um radialista e uma operadora da central telefônica descobrem uma estranha frequência de áudio interferindo na transmissão. Os dois adolescentes decidem investigar e descobrem que há algo misterioso no céu.

Dirigido por Andrew Patterson e roteirizado por James Montague e Craig W. Sanger, o filme é uma obra de nomes estreantes e foge da tradicional ficção científica que já conhecemos. Lançado como longa original da Amazon Prime Video dia 29/05, a produção é nitidamente de baixo orçamento, mas faz bom uso dos recursos utilizados sendo estiloso e intrigante.

Foto: Divulgação/Amazon Prime Video

Sem dúvidas, a grande força está na premissa principal, não em seus efeitos especiais e tecnologias. São apenas 90 minutos em que quase nada acontece, mas o desenrolar é super eficiente em prender a atenção e gerar interesse. O roteiro não se preocupa em entregar nada além do mistério a respeito da estranha frequência de áudio. É na simplicidade que o filme garante seu diferencial.

Além disso, A Vastidão da Noite tem planos sequência surpreendentes. Momentos que colocam à prova não só a capacidade de direção e fotografia, mas também o talento de atuação dos protagonistas que receberam a responsabilidade de atuar em cenas de quase 10 minutos corridos. As boas performances somam elogios para os jovens atores Sierra McCormick e Jake Horowitz que dominam o maior tempo de tela.

No entanto, mesmo com um desenvolvimento super focado e instigante, é preciso assistir The Vast of Night com a mente aberta e não esperar uma ficção científica cheia de reviravoltas e momentos de tirar o fôlego. Como já mencionado, o filme é simples e pode frustrar pela falta de um grande clímax, mas é coeso, interessante e diferente.  

A Vastidão da Noite não se compromete com nada além de seu foco principal, mas faz isso muito bem. Descomplicado e encantador, o filme vale seu tempo e ressignifica as obrigações da ficção científica no cinema atual.

Por Samanta Renck de Carvalho


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Comentários (1)





GUILHERME RAFAEL DE OLIVEIRA comentou: Esse filme é G E N I A L
vale a pena assistir mais de uma vez pra poder ver detalhes que você perdeu
28/07/2020 | Responder