Parasita: 15 motivos para assistir ao filme ainda hoje

Foto: Divulgação/CJ Entertainment

Parasita foi, sem dúvida alguma, um dos filmes mais importantes e incríveis dos últimos tempos. Lançado em 2019 nos cinemas, o longa sul-coreano dirigido por Bong Joon-ho varreu prêmios não só em seu país de origem, mas nas principais premiações internacionais, inclusive o Oscar. 

E se você ainda não conferiu esse grande sucesso de críticas, o Cinema10 se une ao Telecine, onde o filme acaba de chegar, para te dar alguns bons motivos que possam te convencer a assistir a essa verdadeira obra de arte agora mesmo.

Confira 15 motivos para ver Parasita:

1.    Se aventurar no cinema coreano

Nos últimos anos o cinema coreano tem ganhado cada vez mais espaço na mídia ocidental, começando pelo espantoso sucesso do thriller Oldboy (2003). 

Anos mais tarde, Parasita entra em cena para colocar todos os pingos nos is caso ainda se tivesse alguma dúvida quanto à qualidade das produções cinematográficas sul-coreanas, e levou muitos cinéfilos internacionais a se interessarem por conhecer outros longas dessa cultura.

É um desses? Confira nossas 10 dicas de filmes coreanos para quem gostou de Parasita.

2.    Inovou no Oscar

De muita qualidade, o filme até quebrou a principal barreira do Oscar: até Parasita, nenhum filme de língua não-inglesa tinha conquistado o grande prêmio do evento, o tão desejado Oscar de Melhor Filme.

Foto: Divulgação/CJ Entertainment

Outras três categorias fizeram a noite do elenco e equipe, com o longa sendo premiado também nas categorias Melhor Roteiro Original, Melhor Diretor e Melhor Filme Internacional, essa que já era de certeza absoluta de todos. 

Mas ver o Oscar, uma premiação predominante estadunidense, reconhecer um filme sul-coreano como o melhor do ano, foi de fato uma grande e linda surpresa, e esperamos que cada vez mais filmes de todo o mundo possam ter seu devido reconhecimento entre os premiados da Academia de Cinema. 

3.    Grandes críticas sociais

E o melhor de tudo é que toda essa lavada de conquistas não foi com um filme qualquer, com uma obra permeada por grandes críticas sociais que ultrapassam o nível dos roteiros, sendo representada minunciosamente também em sua fotografia, ambientação, arquitetura, em cada mínimo toque do diretor e de toda a equipe.

Resumidamente, a trama apresenta a diferença de classes sociais no qual, inicialmente, vemos os pobres entrando em cena como parasitas dos ricos, mas também mostra como a dependência dos bem de vida na classe trabalhista faz deles próprios parasitas mascarados.

4.    Atenção aos detalhes

As mais interessantes análises de Parasita revelam a importância das linhas na fotografia do filme, sempre utilizando linhas visíveis em portas, janelas, paredes e móveis para separar os personagens ricos dos pobres, explicitando que classes sociais diferentes não pertencem ao mesmo universo, e que os menos favorecidos nunca devem ultrapassar essa linha que os separam.

Foto: Divulgação/CJ Entertainment

São detalhes que podem passar despercebidos aos olhos, mas que fazem total diferença quando percebidos. Que visão, literalmente!

5.    Cinematografia de primeira

A cinematografia do filme segue incrível com um ótimo trabalho de fotografia e ambientação: enquanto a casa dos ricos sempre é brilhante e reluzente, os pobres vivem na sujeira e na escuridão de um porão. 

Além do claro contraste de iluminação/sombras, reflexos são grandemente utilizados, tal como um enquadramento que se aproxima lentamente do personagem para construir tensão e prender a atenção do espectador na cena. Tudo milimetricamente pensando para garantir uma experiência ímpar, seja no cinema ou em casa.

6.    Ambientação imbatível 

A diferença de luz entre o porão e a mansão já foi citada, tal como a separação por linhas das classes, mas os dois aspectos entram em um contato ainda mais íntimo graças a arquitetura e planejamento espacial da narrativa, que permite que o espectador acompanhe toda a jornada do alto da mansão até o porão, degraus e degraus abaixo de onde os ricos agradecem pelo dia de chuva, mas os pobres lutam para salvar seus pertences das enchentes.

Foto: Divulgação/CJ Entertainment

7.    Plot Twist daqueles

Sem dar spoilers, uma das principais jogadas do roteiro de Parasita é apresentar um plot twist daqueles: a prática já não é mais tão inovadora assim, mas quando bem-feita torna-se digna de aplausos, e sua performance em Parasita foi mais do que excepcional. O filme é tão bem construído que, no ponto auge, parece se transformar em outra narrativa completamente diferente, mais densa, mas igualmente interessante. 

8.    Um filme reflexivo, mas ainda divertido

Apesar de ser um filme super crítico, o longa ainda traz um humor muito peculiar que o torna estranhamente (mas positivamente) divertido em algumas cenas que, sem spoilers, souberam brincar muito bem com as situações para criar condições passíveis de riso sem diminuir o impacto ponderado da produção. Tudo na medida certa para a perfeição!

9.    Song Kangho

Song Kangho é um dos maiores nomes da Coreia do Sul quando falamos em show de atuação. O ídolo nasceu em 17 de janeiro de 1967 e, aos 53 anos de idade, continua provando o seu talento para a Coreia e para o mundo. 

Foto: Divulgação/CJ Entertainment

Inclusive, é um parceiro íntimo de Bong Joon-ho e já atuou em diversos outros filmes do diretor, incluindo O Hospedeiro (2006) e Expresso do Amanhã (2013). Parasita foi o seu trabalho mais recente, mas já se garantiu como o mais importante de sua carreira, além de trazer uma de suas mais impressionantes performances.

10.    Park Sodam

Outra grande atriz coreana que foi presença confirmada em Parasita é a Park Sodam, nascida em 8 de setembro de 1991. A diva se formou na Universidade Nacional de Artes da Coreia e já é uma grande conhecida do cinema e televisão do país, tendo atuado em grandes sucessos como The Priests (2015) e The Silenced (2015), outros dois filmes de grandes críticas.

Sua performance como Jessica foi de longe a mais memorável de sua carreira, e a artista teve que reapresentar o jingle do "Jessica, filha única, de Illinois, Chicago" em praticamente todas as entrevistas que cedeu nos últimos meses, tamanho o hit que se tornou entre os fãs do filme por ser uma das mais incríveis cenas do mesmo.

11.    Trilha sonora maravilhosa

À primeira vista o filme pode não parecer ter uma trilha sonora chamativa, mas é justamente por se fazer presente nos detalhes que ganha o título de maravilhosa, e muitos que já assistiram ao longa concordam que Parasita merecia uma indicação a Melhor Trilha Sonora Original no Oscar.

Com instrumentos clássicos e nenhum vocal, The Belt of Faith acompanha uma das cenas mais importantes do filme e ajuda a construir sua tensão, levando o espectador para o centro de toda a ação, sutilmente acompanhado por uma sonoridade que preenche os ouvidos e alma até que... sem spoilers. 

12.    Aprender sobre a cultura coreana

Com o filme, pudemos aprender um pouco mais sobre diversos elementos da cultura coreana que não são ensinados a nós, ocidentais, brasileiros. Por exemplo, você sabia que em bairros pobres da Coreia algumas pessoas vivem em porões, literalmente no subsolo, por serem moradias mais baratas?

Que o ritmo utilizado pela personagem Jessica em sua música é baseada na canção coreana Dokdo Is Our Land (??? ???), sobre um território disputado por Coreia e Japão, cuja melodia é muito utilizada por crianças coreanas para memorizar informações? Que os coreanos não usam o WhatsApp, como no Brasil, mas sim um aplicativo de troca de mensagens chamado Kakao Talk?

São muitos detalhes ricos que podemos perder pela falta de familiaridade pela cultura, e vale muito a pena assistir e estudar o filme para não deixar nada para trás.

13.    Conhecer a obra de Bong Joonho

Bong Joon-ho foi um dos cineastas mais comentados do ano. Ele nasceu em 14 de setembro de 1969 e começou sua carreira nos cinemas no fim dos anos 90, embora só tenha começado a dirigir seus próprios longas a partir dos anos 2000. 

Foto: Divulgação/CJ Entertainment

Não é exagero dizer que, hoje, é o principal cineasta da Coreia do Sul, basta ver o impacto mundial de seu mais recente filme. Entretanto, nem só de Parasita vive Bong: o diretor já havia chamado a atenção do público internacional, ainda que em menor escala, com filmes como Memórias de um Assassino (2003), Expresso do Amanhã (2013), estrelado por Chris Evans, e até mesmo Okja (2017), lançado diretamente em streaming.

Entretanto, se você nunca tinha ouvido falar do diretor, é uma ótima oportunidade para aprender mais sobre seu trabalho e importância.

Leia também: Bong Joon-ho: os oito filmes do diretor sul-coreano indicado ao Oscar 

14.    Novas versões a caminho

E como um bom sucesso não pode ficar só por isso mesmo, já estão mais do que confirmadas algumas novas versões de Parasita, inclusive um remake americano a ser lançado em formato seriado pela HBO e que contará com a supervisão do próprio Bong Joon-ho. Também foi anunciada uma Graphic Novel com os storyboards do filme e podemos esperar ainda mais novidades para os próximos meses

15.    Está muito fácil de ver Parasita!

Como citado no começo da matéria, Parasita acaba de chegar ao catálogo da Telecine, unindo-se a outros 2000 filmes incríveis. O melhor de tudo é que você pode conferir esse cinema de qualidade diretamente na sua casa e com os primeiros 30 dias grátis! 

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Por Karoline Póss