Publicada em 15/11/2019 às 22:39
Foto: Divulgação/Disney
A Walt Disney Pictures começou a trabalhar com produções fílmicas na década de 20, com curta-metragens, e teve seu primeiro longa animado lançado em 1937, A Branca de Neve e os Sete Anões. De lá pra cá muitas coisas mudaram, não só quanto a tecnologia aprimorada em suas produções, mas sua percepção social.
Muitos filmes antigos, como Fantasia (1940), Dumbo (1941) e A Dama e o Vagabundo (1955) exibem cenas racistas, com estereótipos e interpretações grotescas aos negros e à cultura africana — situações que não eram tão discutidas na época, mas hoje são inaceitáveis.
Com a chegada do Disney+ e a premissa de disponibilizar todos os filmes do estúdio em uma única plataforma, a Disney precisava de uma alternativa para não censurar seus projetos, mas ao mesmo tempo alertar o público que se tratam de concepções ultrapassadas e preconceituosas.
Dessa forma, tais produções vem acompanhadas de um aviso na sinopse, que diz: "Este programa é apresentado como originalmente criado. Pode conter representações culturais desatualizadas".
Confira um print, em inglês, da sinopse de Dumbo com o aviso:
Foto: Twitter/Animated_Antic
Entretanto, não houve salvação para A Canção do Sul (1946): o filme foi concebido de forma totalmente racista e com visão glorificada da escravidão, como descrito pela Associação Nacional para o Avanço das Pessoas de Cor (NAACP) em carta à Disney. O longa nunca foi lançado em DVD e também não foi disponibilzado no Disney+, a fim de garantir que o filme nunca mais seja assistido.
O Disney+ só será lançado no Brasil em novembro de 2020.
Por Karoline Póss
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