O filme A Garota da Capa Vermelha (Red Riding Hood – 2011) é uma frustrada versão século 21 do conto infantil “Chapeuzinho Vermelho”. Ao invés do suspense do original, agora a heroína tem que se dividir entre amores, conviver com uma misteriosa avó e lutar contra um lunático caçador.
A tal garota é Valerie (Amanda Seyfried), uma jovem que vive na vila medieval de Daggerhorn e que desde a infância é grudada em Peter (Shiloh Fernandez), e com o passar dos anos, facilmente os dois se apaixonam. O problema é que quando crescidos, os pais da protagonista – Cesaire (Billy Burke) e Suzete (Virginia Madsen) – prometeram que Valerie se casaria com Henry (Max Irons), filho de um ferreiro rico, Adrian Lazar (Michael Shanks).
Valerie pretende fugir com Peter, só que um lobo mata Lucy (Alexandria Maillot), sua irmã mais velha, o que faz os planos serem adiados. Valerie descobre ainda que Lucy era apaixonada por Henry, e quando descobriu que a irmã mais nova ia se casar com o seu amado, se ofereceu como sacríficio para o lobo.
Aparece o famoso caçador de bruxas Padre Salomão (Gary Oldman) que conta histórias horripilantes e promete exterminar o que ele chama de lobizomem. O Padre faz as coisas de sua maneira, seguindo as suas crenças e usando um elefante de aço como um “método de persuasão”, faz aos poucos os habitantes da região começarem a se questionarem até que ponto é uma vantagem ter a presença de Salomão.
Assistindo A Garota da Capa Vermelha fica difícil de não lembrarmos de outro filme dirigido por Catherine Hardwicke, também com lobisomem e uma garota dividida entre dois amores no enredo (Crepúsculo). Já o visual sombrio e a ideia de se adaptar uma obra já conhecida, nos leva um pouco a Alice no País das Maravilhas de Tim Burton e deixa um alerta de que fazer versões sem graça de contos de fadas, pode ser a nova moda em Hollywood.
Saiba mais sobre o filme A Garota da Capa Vermelha.
Por Jean Garnier