Ao invés de vampiros, agora são os lobos...
A chapeuzinho vermelho ganhou uma versão um pouco menos lúdica desta vez. O filme A Garota da Capa Vermelha, protagonizado pela atriz Amanda Seyfried que encarna a jovem Valerie, moradora de uma vila medieval, consegue atrair pela criatividade em recriar a história. Ao acompanhar a trama, você no mínimo ficará curioso para ver como será dado o fim do Lobo Mau.
A fala mais famosa da obra dos de Charles Perrault (Vovó que olhos grandes você tem...) aparece somente lá pelos 80 minutos, confundindo o espectador até o final sobre quem seria essa criatura que se transforma em fera nas noites de lua cheia. O fato é que a trama vai nos direcionando para o óbvio: enquanto todos tentam descobrir quem é o lobo entre os moradores da vila assombrada pelos seus ataques, tudo leva a crer que Valerie está diretamente ligada a ele. O mistério vai até os últimos minutos e pode revelar uma surpresa.
Durante todo o tempo, ares de A Vila, do diretor M. Night Shyamalan, acompanham o filme que traz alguns elementos indiscutíveis: o suspense, o acordo para proteger o povoado, o vermelho “do mal” e a bela fotografia... Só que neste caso a fera é real e apesar dos efeitos não serem lá grande coisa, o envolvimento do enredo preenche as lacunas.
O romance, apesar de usar a velha roupagem do amor proibido, parece convencer bem o público. Valerie é apaixonada por um pobre lenhador: Peter (Shiloh Fernandez). Porém sua família promete a garota para Henri (Max Irons), um jovem abastado. O triângulo amoroso não se sustenta e logo Henri abre mão do seu amor para ajudar a salvar a aldeia do perigo.
Há quem diga – e não dá para negar mesmo – que a direção de Catherine Hardwicke, famosa pela franquia Crepúsculo, tenha deixado muitas marcas da trama vampiresca nesta nova obra. Mas com exceção do perfil um tanto quanto dark da nova chapeuzinho vermelho, verdade seja dita: a diretora sabe como encantar o público adolescente.
Saiba mais sobre o filme A Garota da Capa Vermelha.
Por Vivian Fiorio