Em Temecula, Califórnia, um veterano dono de concessionária de veículos, Ben Selleck (James Brolin), se sente em apuros depois de perceber que os seus atuais vendedores são inúteis e demasiadamente inocentes. Para escapar da crise, precisa vender todos os 211 carros no fim de semana prolongado do feriado de independência norte-americana. Para isso, recorre aos serviços de Don Ready (Jeremy Piven) e o seu grupo de mercenários, na comédia Carros Usados, Vendedores Pirados (The Goods: Live hard, Sell Hard – 2009)
Ready chega acompanhando de sua equipe – Jibby Newsome (Ving Rhames), Brent Gage (David Koechner) e Marrick Babs (Kathryn Hahn) – e já vai dando ordens e traçando metas. A ideia do protagonista é injetar energia e cantar a filha do chefe, Ivy (Jordana Spiro), uma jovem interiorana que vive as turras com o seu noivo, o abobalhado Paxton Harding (Ed Helms). Paxton é um daqueles caras exibidos e sua glória é ser o vocalista de uma boy-band, bem ao estilo Back Street Boys, só que formado por caras com 40 anos e o seu pai, Stu Harding (Alan Thicke), é um grande concorrente do seu sogro, portanto não interessa a eles que os negócios de Selleck prospere.
Até aqui tudo funciona de maneira até interessante no filme. Ready através de suas técnicas motivacionais e alguns truques – como o uso de um DJ e distribuição de lanches – consegue atrair uma clientela e “queimar” 1/3 do estoque, enquanto Marrick se preocupa mais com o filho do dono da loja, Peter (Rob Riggle), um rapaz com problemas mentais. Ready se apaixona por Ivy e o problema do roteiro começa quando realmente as coisas ficam estranhas para os “mercenários”. Pronto, como segue a cartilha desse tipo de produção, é a hora das dificuldades: o protagonista se afasta e inicia uma grande quantidade de piadas sem graça e vulgares, entrelaçada por um rápido drama com cada um dos personagens. Tudo repetitivo e já tentado exaustivamente em outros longas. Infelizmente, cabe a máxima de que se a loja é de carros usados, as piadas são mais batidas ainda. O ator Will Ferrell (“Mais estranho que a ficção”), além de produtor, faz uma rápida e esquecível participação.
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