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Gato de Botas



Como se tornou frequente em filmes de ação baseado em heróis, o Gato de Botas (Puss in Boots – 2011) parte de suas origens e mescla o mundo dos contos de fadas com uma delirante aventura para explicar como um gatinho órfão se tornou em uma criatura temida.

Há um tempo antes de conhecer Shrek, o Gato (Antonio Banderas) chega em San Ricardo, uma cidade bem ao estilo dos filmes de faroeste, fugindo desesperadamente de um caçador de recompensas. É claro que nesses lugares não pode deixar de ter um daqueles bares que cheiram perigo e é frequentado pela pior espécie da região.

Lá o protagonista fica sabendo que um casal de perigosos assassinos – Jack (Billy Bob Thornton) e Jill (Amy Sedaris) – teriam os lendários feijões mágicos que ele ouve falar desde que era um simples gatinho. Em uma tentativa frustrada de agarrá-los, conhece Kitty Softpaws (Salma Hayek) uma gata sexy que dá a impressão de ser uma promissora rival – o que certamente é um engano e ela se torna o interesse amoroso do, por vezes, arrogante sedutor latino. A afinidade entre os dois fica ainda maior quando ele descobre que Kitty trabalhava para Humpty Dumpty (Zach Galifianakis).

O filme mergulha num flashback para contar a história de amizade entre o Gato e Humpty desde o orfanato e de como Humpty sempre foi fissurado pelos tais feijões mágicos – naquelas típicas cenas fraternais de amigos deitados na grama olhando as nuvens, Humpty já projetava eles nas alturas – e do sentimento de mágoa que guarda em relação ao Gato desde a última vez que se juntaram num frustrado golpe.

Juntos, os três irão percorrer uma jornada épica pelos feijões mágicos até chegarem aos ovos de ouro em um castelo gigante – o que resulta em uma mamãe ganso gigantesca aterrorizando uma aldeia. Há uma lição de moral sobre amizade, intriga e lealdade e a sucessão de eventos dá a chance de redenção, tanto do Gato como de Humpty.

É uma ótima diversão para a família, foge de piadas óbvias – principalmente aquelas referentes aos felinos – faz uma mistura de contos de fadas com western, é muito superior aos últimos Shreks  – em momento algum deixa a entender que se trata de algo relacionado ao ogro verde – e demonstra que sozinho, o Gato vai bem e que pode brilhar em filmes solos, sem precisar ficar usando aquela expressão de olhos grandes adoráveis para suavizar e convercer as pessoas.

Saiba mais sobre o filme Gato de Botas.

Por Jean Garnier
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