Os Homens Que Encaravam Cabras

Publicada em 26/03/2010 às 14:34

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Mesmo que no início de Os Homens Que Encaravam Cabras (The Men Who Stare at
Goats
– 2009) um comunicado afirma que tudo aquilo é algo real, é difícil
acreditar que não vá acabar em pastiche. Baseado no livro homônimo de Joy
Ronson, a história começa quando o repórter do jornal Daily Telegram, Bob
Wilton (Ewan McGregor), durante uma rotineira entrevista acaba conseguindo
um furo: um doido de nome Gus.

Lacey (Stephen Root) confidencia que possui habilidades psíquicas,
informação que Wilton leva com desdém e o tem como louco. Apesar de não
esquecer a entrevista, o jornalista depois de ver a sua esposa trocá-lo por
seu editor, resolve ir para a guerra do Iraque, vira correspondente e se
embrenha cada vez mais naquela batalha.

Sem querer ele encontra em um bar Lyn Cassady (George Clooney) que revela
que fazia parte das Forças Especiais de espiões psíquicos, ou como Lyn
prefere chamar: “guerreiros Jedi” e são treinados para desenvolver
habilidades parapsicológicas, incluindo invisibilidade e visualização
remota. Impossível não se divertir com a cara de pau do protagonista
perguntando, “o que é um Jedi?”, principalmente por que McGregor foi um nos últimos três filmes da série “Star Wars” – ele era Obi-Wan Kenobi. Em breves flashbacks é contada a história do mentor dessa unidade.

Bill Django (Jeff Bridges), um cara sério que depois de levar um tiro
durante a Guerra do Vietnã, revolve viajar por toda a América explorando os
movimentos da chamada Nova Era. Django resolve passar a sua filosofia no
exército e vê com bons olhos seus melhores recrutas: um é o próprio Lyn, que
enfatiza o lado positivo dos ensinamentos; o outro é Larry Hooper (Kevin Spacey), esse está mais interessado no lado negro – olha George Lucas aí novamente fazendo escola .Django cai  no esquecimento e Wilson que já não tinha mais nada a fazer e estava achando tudo aquilo até então uma tremenda maluquice, se espanta e fica meio
atordoado, principalmente depois de ver um vídeo no qual animais são mortos
pelo poder do cérebro humano.

Apesar de um elenco de causar inveja a qualquer outra produção hollywoodiana
(Clooney, McGregor, Bridges e Spacey) e da tentativa de talvez fazer o
“Doutor Fantástico” ou até quem sabe o “Monty Python” do século XXI, não dá
para levar isso muito a sério. “Vale a dica para quem for assistir Os Homens Que Encaravam...”, não vá achando que irá ver um filme para cair na gargalhada, porque ele não é isso. A produção é daquelas comédias agradáveis só que recheada de bobeiras, e talvez esse seja o seu grande erro: a quantidade de piadas e situações nonsenses (sem sentido) enjoa e ao final,  se arrasta um pouco, principalmente em cenas monótonas em meio ao deserto.

Saiba mais sobre o filme Os Homens Que Encaravam Cabras.

Por Jean Garnier.

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