Shrek Para Sempre

Publicada em 09/07/2010 às 15:45

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Muito anos depois de ter assustado camponeses e animais na floresta, Shrek (Mike Myers) agora está infeliz. O ogro sente saudades de sua época de eremita e não gosta de sua vida de celebridade. Agora é pai de família e entre as obrigações mais emocionantes de sua nova fase está em “gerenciar” a festa de seus filhos. O mais triste é que não é apenas a sua paciência que parece estar em crise, mas a criatividade e o deboche também não fazem parte do desanimador Shrek Para Sempre (Shrek Forever After – 2010).

Se episódio anterior os vilões se achavam no direito de ter um final feliz, agora eles realmente conseguem, ou melhor, a proeza é do bruxo Rumpelstiltskin (Walt Dohrn). No começo do longa, um rápido flash mostra a negociação entre o feiticeiro e o Rei Harold (John Cleese) e a Rainha Lillian (Julie Andrews) durante a época do 1º filme. O Rei estava disposto a ceder o seu trono em troca do fim da maldição de sua filha Fiona (Cameron Diaz) – que estava enclausurada em uma torre – quando são interrompidos pela notícia que Shrek havia resgatado a Princesa.  Harold rasga o contrato e Rumpelstiltskin deseja que o monstro verde nunca tivesse nascido.

Nos dias atuais, Shrek quase termina com a animação do aniversário dos filhos, discute com Fiona e deixa claro que está indisposto e deseja a sua vida de antes. Rumpelstiltskin depois de ouvir a conversa, propõe ao ogro a volta da sua felicidade por um dia em troca de um outro dia qualquer de sua infância. Shrek assina o contrato e é transportado para um mundo onde era o terror dos moradores. O problema é que agora o Burro (Eddie Murphy), o obeso Gato de Botas (Antonio Bandeiras) e a sua mulher não o reconhecem.
 
Shrek descobre que sem perceber negociou o dia de seu nascimento e que deixaria de existir em 24 horas se não conseguisse acabar com o feitiço, para isso terá que conseguir um beijo de amor da agora guerreira Fiona, que não quer nem saber dele. Rumpelstiltskin se transforma em rei e lidera um exército de bruxas para combater os ogros.
 
A direção de Mike Mitchell (Super Escola de Heróis) apostou na ação e no sentimentalismo e esqueceu as piadas – que até estão presente, só que distante uma das outras - e o lado cômico de todos os personagens. Não é ruim, mas não há nada de inesquecível em ficar reciclando uma fórmula que já deu sinais de saturação, prova disso é o seu enredo apático que também não diverte.

Saiba mais sobre o filme Shrek Para Sempre.

Por Jean Garnier.

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