menu search

Filmes que mereciam ter ganhado o Oscar

Publicada em 27/06/2011 às 09:43 Comente

Todos os anos, um dos eventos mais aguardados pelas pessoas que adoram cinema é o Oscar. A premiação ocorre anualmente desde 1929 e premia os melhores profissionais da indústria cinematográfica, entre atores, diretores e roteiristas. Os membros da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas se reúnem e votam para eleger quem se destacou no cinema no ano que passou. Muitas vezes as escolhas são consideradas infelizes, visto que um ator, atriz ou diretor se destacou muito mais no papel que representou ou em seu trabalho do que os ganhadores da estatueta. Apesar de existirem cerca de trinta categorias de premiação atualmente, a que mais gera polêmica e também a mais aguardada todos os anos é a de melhor filme. Normalmente, em função do burburinho, já se imagina qual será o grande vencedor antes mesmo do esperado “The Oscar goes to...”. Porém, algumas vezes um filme que tinha tudo para ganhar acaba sendo deixado de lado e a estatueta vai para uma produção considerada inferior. É até estranho pensar que algumas produções consideradas verdadeiras obras primas do cinema não foram agraciadas com o prêmio mais importante da cerimônia. Mas sim, isso já aconteceu repetidas vezes e muitos profissionais da indústria cinematográfica, além dos críticos especializados, não conseguem conceber que alguns filmes não tenham garantido o prêmio mais cobiçado da noite. A seguir confira uma lista com os filmes que foram injustiçados ao longo dos anos.

Tempos Modernos – Charles Chaplin – 1936

O filme se passa na década de 30, nos Estados Unidos, logo após a crise de 1929 que deixou milhares de norte americanos desempregados e passando fome. Chaplin procurou fazer um filme em tom de crítica ao capitalismo e a modernidade, embora tenha partes engraçadas em função da atuação divertida de Chaplin ao encarnar seu célebre personagem Carlitos. Carlitos é um operário de uma linha de montagem, que ao testar uma máquina para fugir da hora do almoço acaba ficando maluco, de tanto apertar botões e realizar as mesmas tarefas repetidamente. Ele vai parar em um sanatório para se recuperar de sua crise nervosa. Quando sai da instituição ele está curado, mas sem emprego. Quando resolve levar a vida adiante de outra maneira, se vê as voltas em uma crise generalizada e acaba sendo confundido com um líder comunista. O resultado? Carlitos vai parar atrás das grades. Charles Chaplin realizou diversos filmes excelentes, aclamados por espectadores e pela crítica especializada. Infelizmente, nunca subiu ao palco do Kodak Theater para receber uma estatueta pelo melhor filme.

Cidadão Kane – Orson Welles – 1941

O filme é baseado na história real de William Randolph, um magnata do jornalismo. O menino nasceu pobre, mas conseguiu enriquecer ao longo da vida. O filme começa com a morte do personagem principal e o repórter Thompson tenta descobrir o significado da palavra “rosebud”, pronunciada por Kane (Orson Welles) quando estava quase morrendo. Ele vai atrás de parentes, amigos e conhecidos para tentar reconstituir a história do poderoso dono de jornal, que acaba vivendo seus últimos dias de vida sozinho, em um palácio enorme que construíra.

Cantando na Chuva – Gene Kelly – 1952

O filme conta a história de dois atores consagrados do cinema mudo que de repente precisam aprender a atuar nos filmes falados, a novidade mais recente do universo cinematográfico. Don (interpretado por Gene Kelly) desempenha muito bem a nova função. Lina (interpretada por Jean Hagen) em contrapartida, por azar não sabe cantar e tem uma voz horrível. Para driblar a situação ela usufrui o quanto pode dos talentos da atriz iniciante Kathy, que precisa ficar atrás das câmeras apenas dublando a voz de Lina. Don se apaixona pela atriz iniciante e decide fazer de tudo para que o talento da jovem seja reconhecido também sob os holofotes.

 

Janela Indiscreta – Alfred Hitchcock – 1954

O filme conta a história de Jeff, um fotógrafo que precisa passar algumas semanas de molho em casa em função de uma perna quebrada. Sem ter o que fazer e com o tédio tomando conta de seu dia-a-dia, Jeff decide espiar os vizinhos com uma lente de máquina fotográfica. Ele fica tão aficionado com sua sua nova tarefa que chega inclusive a desconfiar que seu vizinho matou sua mulher e escondeu o corpo. O fotógrafo tenta provar então, com a ajuda de sua noiva Lisa (interpretada por Grace Kelly), que não está enganado e que seu vizinho é realmente um assassino.

 

Um Corpo que Cai – Alfred Hitchcock – 1956

Na película, James Stewart dá vida ao personagem Scottie, um detetive com medo de altura que é contratado por um amigo da faculdade para investigar a esposa dele que tem tendências suicidas. Depois de salvá-la de uma situação perigosa, o detetive começa a ficar obcecado pela misteriosa mulher.

 

 

Laranja Mecânica – Stanley Kubrick – 1971

Depois do igualmente clássico 2001, Uma odisséia no espaço, Kubrick decide cutucar a onça com vara curta, no caso a sociedade, com críticas severas a respeito da violência e brutalidade. No filme, Malcom McDowell interpreta o protagonista Alex de Large, líder de uma gangue que sente prazer ao espancar, estuprar e matar. Nada é suficiente para os jovens viciados em leite drogado, que estão sempre maltratando alguma pessoa indefesa. Em determinado momento Alex é finalmente capturado pela polícia e vai participar de um programa de reabilitação, criado para que ele não tenha mais impulsos destrutivos em seu corpo e mente. Quando o jovem se vê livre do tratamento de choque e volta à realidade, precisa lidar com os indivíduos que maltratou no passado.

 

 

 Taxi Driver – Martin Scorsese – 1976

E se a cerimônia do Oscar daquele ano levanta polêmicas, a película mais ainda, visto que as cenas de violência são bastante realistas. O tal motorista de taxi que dá nome ao filme é Travis (interpretado por Robert De Niro). O protagonista trabalha durante a noite, pois sofre de insônia, e durante as horas que passa dentro do taxi ele precisa lidar com prostituição e violência, sempre presentes quando as luzes se apagam. Como a revolta toma conta de si, Travis acaba por matar violentamente um homem e fica obcecado em salvar uma jovem prostituta menor de idade (interpretada por Jodie Foster), que entra no taxi para fugir de seu cafetão.

 

Apocalypse Now – Francis Ford Coppola – 1979

O filme dirigido com maestria por Francis Ford Coppola quase não chegou às telas de cinema. Isto porque a produção cinematográfica era tida como loucura por parte dos funcionários que trabalhavam com o diretor. Além disso, a película demorou três anos para ficar pronta e como se não bastasse, Martin Sheen, o protagonista do filme, teve um infarto durante as gravações. De qualquer forma, os apaixonados por cinema e os críticos cinematográficos acreditam que o filme é uma obra-prima e um dos melhores filmes que contam com a direção de Coppola. Para variar, os membros da Academia não consideraram que a produção merecia um Oscar de melhor filme. Por outro lado, publicações consagradas, além da crítica especializada, avaliaram por diversas vezes o filme como uma das melhores produções de guerra de todos os tempos. No filme, o capitão Benjamim Willard (interpretado por Martin Sheen) recebe, durante a Guerra do Vietnã, a missão de assassinar o coronel Kurtz (interpretado por Marlon Brando), que aparentemente enlouqueceu e está liderando tropas no Camboja. A bordo de um barco, Willard e seus companheiros se vêem diante de situações absurdas geradas pela guerra. Ao chegar ao local onde o coronel está, Willard percebe que ele é idolatrado pelos nativos da região e fica em dúvida se deve realmente fazer o que lhe foi solicitado.

email facebook googleplus pinterest twitter whatsapp