Maid: por que é importante assistir a série da Netflix?

Publicada em 28/10/2021 às 18:01

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Maid estreou no início do mês e desde então vem fazendo muito sucesso ao redor do mundo.

Seu conceito principal é mostrar a luta de Alex (Margaret Qualley), uma jovem mãe que, após ter sofrido violência doméstica, fugiu com a filha pequena e começou a trabalhar como faxineira em casas de famílias de alta classe.

Até aí, já é possível ver que a série trouxe pontos muito importantes a serem refletidos, no entanto, a forma como esses pontos são mostrados é que fortalece ainda mais o poder da produção norte-americana.


Imagem: reprodução

Para começar, tanto a relação da mãe com a criança quanto a relação da mãe com a avó (Andie MacDowell) são exemplos reais da força dar mulheres ao longo dos tempos. Com uma atuação impecável das três atrizes, incluindo a pequena menina que agiu tão naturalmente, a série entregou exatamente tudo aquilo que as mães do século XXI precisavam ver.

Em meio ao caos do relacionamento tóxico, do abuso verbal e psicológico causado pelo ex-namorado alcóolatra (Nick Robinson), Alex vive cada dia sem saber o que virá a seguir. Sem dinheiro, emprego fixo e sem lugar para morar, ela demonstra em cada episódio o quanto o amor pela família e a vontade de vencer podem fortalecer uma pessoa.

Para tanto, em certos momentos, chegamos a ficar boquiabertos com sua postura firme diante de tanta pressão, o tempo todo, devido ao fato do ex-namorado não aceitar que ela saiu de casa. Paralelo a isso, ela ainda lida com o trauma da época em que era criança e presenciava o pai (Billy Burke) agredindo a mãe fisicamente, o que deixou marcas profundas nas duas.


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Se tem uma coisa que Maid fez tão bem, foi passar para os telespectadores a ideia de que "você merece mais", "você é capaz". A ideia de que nenhuma mulher precisa e nem deve passar por qualquer tipo de mal estar dentro de casa por medo de enfrentar o futuro. E que pedir por ajuda já é uma GRANDE demonstração de força.

A protagonista, por si só, foi uma tremenda força da natureza. Mesmo com as manipulações do namorado, os obstáculos relacionados ao dinheiro e até vindos do descaso da própria família, ela nunca desistiu, nunca parou de lutar pela filha. 

E no meio disso tudo, ela conheceu pessoas que a ajudaram a seguir... inclusive Regina (Anika Noni Rose), uma mulher de classe alta que pedia por limpezas semanais em sua casa e que, mesmo depois de desentendimentos, cuidou de Alex e a ajudou a enfrentar os problemas.

Família, violência doméstica e trabalho são os pontos FORTES da produção, que não deixa a desejar em NENHUM desses quesitos.

A temática é forte e choca, mas esse é o propósito. Ao final da série, a sensação é de que precisávamos passar por isso para, contraditoriamente, respirar aliviados e nunca mais esquecer dessa realidade tão dura.

Assim como Alex, o número de mulheres que passam pelo mesmo é assustador. Com isso, a maioria delas, assim como a protagonista, não têm apoio dos que estão ao redor. Portanto, é importante que todas saibam que há outros meios, lugares e pessoas prontas para ajudar.


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Outro ponto que vale destacar sobre a série é a rotina de trabalho de Alex. Ela sai todos os dias, pega uma balsa para uma ilha mais afastada e limpa casas de pessoas que nem a enxergam como alguém do mesmo nível, como, seguer, gente. A forma como as limpezas e as relações nesse meio são mostradas também são assustadoramente reais e impactam, só que na maior parte esse impacto é positivo.

Com poucos minutos do primeiro episódio já é possível se apegar ao ambiente da série, ao ar de "familiariade", ou até mesmo de "humanidade". E depois de pensar muito, esse foi o conceito que melhor coube para descrevermos o enredo de Maid - humano.

Para quem ainda não assistiu e ficou com vontade, a série está disponível no catálogo da Netflix e conta com 8 episódios de aproximadamente 45 min.

Saiba tudo sobre Maid no Cinema10.

 

Por Isabella Procópio


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