Foi anunciado recentemente que a Amazon Prime Video venceu a disputa pelos direitos de adaptação de Vermelho, Branco e Sangue Azul (Red, White & Royal Blue), livro escrito por Casey McQuiston que se tornou um grande sucesso mundial em 2019, seu ano de lançamento.
O livro é um Young Adult que acompanha o desenvolvimento do romance proibido entre Alex, o filho da Presidente dos Estados Unidos, e Henry, o Príncipe da Inglaterra. A obra chegou ao Brasil pela Editora Seguinte, com tradução de Guilherme Miranda e nova capa nacional exclusiva da ilustradora Isadora Zeferino (@imzeferino), que fez um incrível trabalho ao imaginar a caracterização dos personagens — conforme arte acima.
Segundo as informações compartilhadas pelo Deadline, ainda não se sabe se a obra será adaptada em filme ou série, mas já foi confirmado que Ted Malawer (de Fallen: O Filme) é o responsável pelo roteiro da versão audiovisual do livro.
Enquanto não saem as novidades sobre o futuro projeto, você confere aqui no Cinema10, com alguns spoilers, o que esperar do filme/série:
Apesar de ter alguns momentos dramáticos para dar aquele "tchan" no desenvolvimento dos personagens, em geral o livro é bastante divertido. Algumas das cenas mais marcantes envolvem um slide de powerpoint e um peru, coisas inicialmente impossíveis de serem engraçadas, mas que foram mais do que hilárias no livro e PRECISAM estar presentes na adaptação.
Apesar de ser uma obra de comédia romântica, Vermelho, Branco e Sangue Azul não é o melhor exemplo de "livre para todos os públicos", com numerosas e descritivas cenas de momentos bem quentes entre os personagens, para dizer o mínimo. É uma característica importante dos livros, mas que pode ser deixada de lado na adaptação para trazer um público mais diverso, em questões etárias, ao iminente filme ou série.
Também conhecido como "haters turned lovers", esse conceito Tom & Jerry muito comum em filmes de comédia romântica, como 10 Coisas que Eu Odeio em Você (1999), mas também em narrativas de gêneros diversos, como Star Wars (1977-2019), e não ficou de lado em Vermelho, Branco e Sangue Azul.
É um super clichê, mas quem não adora? Quem leu os livros sabe que foi assim que o relacionamento de Alex e Henry começou, e os fãs estão super ansiosos para ver como a adaptação irá mostrar suas intrigas que, na verdade, já demonstravam um comecinho de romance.
Esse plot traz também a descoberta da sexualidade de Alex que, sem spoilers, acaba aprendendo mais sobre si e seus próprios sentimentos por meio dessa “guerra fria” que vive com o príncipe.
O livro também foca no lado nerd dos personagens, com constantes citações e referências a Star Wars que, durante a leitura, são como easter eggs a serem caçados pelo leitor que também é fã da popular franquia cinematográfica.
A Disney+, que detém os direitos de Star Wars nas plataformas de streaming, mantém uma parceria com a Amazon Prime Video que, inclusive, fez dez filmes da saga serem lançados on-line aqui no Brasil enquanto o serviço da Disney não chega. Espera-se que essa parceria seja o suficiente para a Disney e, respectivamente, a Lucasfilm, permitirem que essas citações do livro possam ganhar vida também no audiovisual.
Agora na parte um pouco mais séria do livro, a obra apresenta os bastidores de uma República (Estados Unidos) e de uma Monarquia (Inglaterra), com todos os conservadorismos e cuidados que os presidentes/reis e seus familiares devem tomar para não causar grandes escândalos na mídia, o que pode sujar o nome de todo o governo.
A história de romance cinderelesco ganha, a partir disso, tramas mais profundas: como pode um príncipe e o filho da presidente viveram um romance homossexual sem causar o maior rebuliço entre seus países e famílias? Esse é um dos pontos mais interessantes da história e de forma alguma pode ser deixado de lado pela adaptação.
Uma das coisas mais importantes quando falamos em adaptações audiovisuais hoje em dia é a necessidade de trazer um elenco com representatividade. Como o protagonista Alex tem sangue latino, espera-se um ator de ascendência mexicana — sem se esquecer da sua pele morena.
Ainda é muito comum que atores héteros façam personagens LGBTs nos cinemas, mas escolher um ator homossexual/bissexual para interpretar os protagonistas, trazendo ainda mais representatividade ao longa (ou série, ainda não sabemos).
Ainda não há previsão de estreia para a versão audiovisual, mas os fãs de Vermelho, Branco e Sangue Azul já aguardam ansiosos por novidades.
Enquanto isso, conheça outros livros que viraram séries aqui no Cinema10.
Por Karoline Póss