Diretor branco de Um Príncipe Em Nova York 2 explica porque conta histórias de negros

Foto: Divulgação/Amazon Prime Video

Craig Brewer, um homem branco de 49 anos, tem um histórico de filmes protagonizados por negros. Ele chegou a trabalhar duas vezes com o ícone Eddie Murphy, em Meu Nome É Dolemite (2019) e, mais recentemente, Um Príncipe em Nova York 2 (2021). 

Em entrevista recente ao Indiewire, foi questionado sobre o motivo de ser um cineasta branco que opta por contar histórias negras em seus filmes, ao qual ele responde: 

"Não quero entrar em conflito com a luta de muitos cineastas afro-americanos, mas não foi até Dolemite Is My Name que eu me perguntei: 'Devo me sentir mal por fazer isso?' Até então, eu me sentia bem com isso."

Ele continua dizendo que sua inspiração vem de sua cidade Natal, Memphis, predominantemente afro-americana, e cita o falecido diretor John Singleton como um "mentor principal". "Há algo sobre a música em que fui criado. Há algo nos filmes aos quais sempre respondi. E havia algo sobre os anos 80 e 90, onde havia um chamado para a negritude que não parecia como se a apreciação dos brancos não fosse bem-vinda. Não pude evitar isto", comenta.

“Tenho que ser muito honesto comigo mesmo sobre por que quero fazer o filme. "Para mim, Dolemite foi muito fácil porque vivi essa vida. Eu sei o que é reunir um grupo desorganizado de pessoas para fazer um filme - vir do Sul para Hollywood e então fazer uma carreira para você mesmo. Só preciso estar bem com a minha alma. Ouça e me cerque do máximo de pessoas que puder. Construa o máximo de pessoas que puder ao meu redor. E se algum dia eu estiver fazendo algo errado, espero que as pessoas pode me dizer.", conclui.

Seu mais recente projeto, Um Príncipe em Nova York 2, já está disponível na Amazon Prime Video.

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Por Karoline Póss