Estreia: | |
Gênero: | Documentário |
Duração: | 80 min. |
Origem: | Brasil |
Direção: |
Bruno Safadi, Noa Bressane |
Roteiro: |
Bruno Safadi, Noa Bressane, Rodrigo Lima + ver todos |
Distribuidor: |
Pipa Distribuidora |
Classificação: | 12 anos |
Ano: | 2009 |
Bruno Safadi, Noa Bressane
Bruno Safadi, Noa Bressane, Rodrigo Lima + ver todos
Pipa Distribuidora
Em 1970, dois jovens cineastas brasileiros fundam a Belair Filmes. Rogério Sganzerla e Julio Bressane realizam sete filmes de longa-metragem entre fevereiro e maio de 1970: A Família do Barulho; Carnaval na Lama; Barão Olavo; O Horrível; Copacabana, Mon Amour; Cuidado, Madame; Sem Essa Aranha; A Miss e o Dinossauro.
Esses dois diretores se uniram desde o Festival de Brasília de 1969, quando exibiram os filmes O Anjo Nasceu (Julio Bressane) e A Mulher de Todos (Rogério Sganzerla) para fazer um cinema democrático, de baixo custo de produção, de radicalização e experimentação da linguagem cinematográfica. Para realizar esse cinema de invenção, fizeram um desenho de produção que correspondia à necessidade de criação dos filmes. Essa maneira de fazer cinema incluía ainda outro procedimento, o da autotransformação. O cinema era para eles uma fonte radical de autotransformação e de auto-aprimoramento, pois pensavam o cinema como um organismo intelectual demasiadamente sensível que transpassa todas as artes, as ciências e a vida.
Assim, ensaiando uma outra imagem diferente daquela veiculada pela ditadura militar, estes jovens cineastas buscavam trazer para as telas uma nova proposta de dramaturgia, de captação da luz, da música e da montagem. Novas relações de linguagem foram articuladas. Elas recriam e inventam uma imagem onde tradição e experimentação fazem uma intersecção e uma dobra. Porém, os filmes, antes mesmo de ficarem prontos, são considerados pela ditadura militar, subversivos e patrocinados por uma rede de terrorismo. A conseqüência desta barbaridade? O exílio dos diretores e o desconhecimento quase total dessas obras pelo público em geral.