José Padilha fala sobre seu RoboCop e revela a humanidade que pretende impor ao personagem título

José Padilha (Tropa de Elite 1 e 2), foi entrevistado pelo site Film1, da Holanda. As perguntas da entrevista caminharam sobre o novo RoboCop, que marcará a estreia do diretor brasileiro em Hollywood. O diretor do original (de 1987), Paul Verhoeven (do original O Vingador do Futuro e de O Homem sem Sombra), é holandês.

Com naturalidade, Padilha comentou: "Eu gosto muito dos tons políticos incisivos de RoboCop e acho que algo assim é urgentemente necessário." Lembrando que Tropa de Elite, especilmente o 2, tem um peso político fortíssimo. Ele continuou: "Mas eu não vou repetir o que Verhoeven fez de maneira tão forte e tão clara. Quero criar um filme que tenha foco nos pontos que ele não deu  muita atenção. Se você é um homem transformado em robô, como lida com isso? Quais as diferenças entre ser um robô e ser um humano? Onde fica o livre arbítrio e o que significa o perder?"

Há pouco mais de meio ano, em março, o diretor revelou que tinha a intenção de "pegar esse filme controverso, diferente, irônico e violento e tentar meio que o recriar, dar uma outra cara para o projeto, sem deturpar, evidentemente, mas trazer RoboCop para o presente, por assim dizer."

Josh Zetumer (da minissérie Dune e não creditado em 007 - Quantum of Solace) é o roteirista do remake.

O filme permanece sem data para início das filmagens e, obviamente, com previsão de estreia indefinida.

Há mais de três anos, o novo RoboCop estava nas mãos de Darren Aronofsky (Cisne Negro). Acredito que estaria em boas mãos também (mais sombrias, claro): Nova Versão de RoboCop será dirigido por Darren Aronofsky. O filme já teria estreado, caso o projeto tivesse caminhado.

José Padilha é confirmado na direção de remake de "RoboCop".  

Tenho medo desse remake. Gosto muito do RoboCop do Verhoeven. Mas aprendi a confiar no Padilha desde o excepcional documentário Ônibus 174. 

Por Sihan Felix - @sihanfelix