Ashton Kutcher ou Michael Fassbender: quem interpretou Steve Jobs mais magistralmente no cinema?

Publicada em 30/06/2020 às 15:58

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Todo mundo adora uma história baseada em fatos reais. Se for sobre uma personalidade importante, então, nem se fala. Pode esperar por olhos curiosos na divulgação. Foi o que aconteceu em 2013, quando vimos o fundador da gigante Apple, Steve Jobs, ganhar uma versão biográfica para os cinemas com o filme intitulado Jobs. Em 2015, entretanto, uma nova adaptação ganhou as telas, sob o nome de Steve Jobs: O Homem e a Máquina. Lançados próximos um do outro, a comparação entre os dois filmes foi inevitável e eles continuam dividindo opiniões em termos de roteiro e escolha dos atores.

Steve Jobs foi uma figura emblemática, com elementos que fazem de sua personalidade e trajetória um prato cheio para a indústria do cinema. Quem foi esse homem que começou uma das maiores empresas do mundo em uma garagem? Mesmo após a sua morte, o seu legado continua forte e ainda há produtos por ele idealizados a serem lançados, o que faz com que as ações da Apple respondam a cada lançamento e a empresa mantenha-se entre as 500 mais importantes dos EUA.

Diante de sua importância, retratá-lo certamente não é uma tarefa imune a críticas. Qual filme então é mais fiel ao homem por trás da Apple?

Apple
Foto: Unsplash

Jobs

Qualquer que seja a sua opinião, é inegável que Ashton Kutcher tenha sido uma escolha acertada para o papel no longa dirigido por Joshua Michael Stern. O ator realmente encarnou o personagem, inclusive em termos de semelhança física, e acertou nas mudanças referentes ao temperamento de Jobs, variando de calmo a furioso. Tendo sido bem-sucedido nisso, ele trouxe à tela o jeito que Jobs caminhava e até mesmo o tom de sua voz. Sua atuação no filme também conseguiu passar a ideia do que pensava o protagonista sobre suas aspirações e sua vida pessoal, mostrando a rejeição sofrida por parte de seus pais biológicos ao dá-lo para adoção, algo que acaba se refletindo mais tarde na relação com sua filha. Trata-se de uma abordagem que mostra o narcisismo e os problemas de Jobs, mas o roteiro um pouco confuso acaba prejudicando o resultado final, já que muitos fatos se mostram desconexos.

Steve Jobs: O Homem e a Máquina

O filme de 2015 também aborda a personalidade e os problemas pessoais do personagem, mas vai mais a fundo nas relações pessoais de Jobs por meio do foco em três eventos: o lançamento do primeiro Macintoch, a criação da NeTX Inc. e a introdução do iMac. O espectador acompanha os bastidores de cada um desses eventos, com o personagem absorto na preparação dos produtos. Ao mesmo tempo, ele enfrenta problemas profissionais com o conselho da empresa e questões pessoais por conta da turbulenta relação com sua filha e a ex-namorada. Diferentemente de Kutcher, o ator Michael Fassbender não se assemelha fisicamente em nada com o verdadeiro Jobs, mas os diálogos inteligentes graças ao roteiro de Aaron Sorkin fizeram de Fassbender uma escolha brilhante para o papel, que inicialmente foi dado a Christian Bale. As conversas combinadas ao fato de o relógio ser um elemento central na trama, já que a história é apresentada apenas minutos antes de cada evento, incute na audiência um sentimento de urgência, o que prende a sua atenção.


Foto: Unsplash

Então qual é o melhor?

Isso vai depender do foco. Do ponto de vista de mostrar as camadas do personagem, Kutcher teve melhor performance. Fassbender foi fantástico, mas a sua atuação foi pontuada muito mais na arrogância do personagem e no quanto o nome por trás da direção do filme tinha peso. Apesar de Kutcher proporcionar uma navegação pelo emocional do personagem, algo que ele carrega sozinho no filme, se considerarmos o filme como um todo, Fassbender leva vantagem no agrado ao público. Claro, ambos estão de parabéns, mas, já sabendo que há controvérsias, vale a penas assistir às duas produções e tirar a prova.

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