10 grandes filmes de faroeste que você precisa assistir

Publicada em 22/09/2016 às 12:35

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Num cenário árido, pequenas cidades com seus típicos saloons e uma rua principal se tornaram palco para grandes embates entre o bem e o mal naquele gênero que ficou popularmente conhecido como filme de “bangue-bangue”. O western ou faroeste apresentou grandes personagens, sejam eles mocinhos, bandidos, feios ou sem nome.

Esse é um dos gêneros mais antigos do cinema americano, introduzido pelo clássico curta O Grande Roubo do Trem (1903). Desse universo dos filmes de cowboy, se consagraram diretores como John Ford, John Sturges, Sergio Leone e Sam Peckinpah, e atores como John WayneClint EastwoodFranco Nero, Giuliano Gemma e a dupla Terence Hill e Bud Spencer. No gênero, além dos famosos duelos, foi explorado também a colonização e o progresso do oeste americano, além da relação entre brancos e índios.
 
A seguir você confere detalhes de 10 grandes faroestes! A lista abre espaço para clássicos como Sete Homens e um Destino (1960) e Era uma Vez no Oeste (1968), até produções recentes de um gênero que sobrevive como pode, assim como seus personagens que lutam para viver em meio à pobreza e à violência, caso de Bravura Indômita (2010) e Django Livre (2012).

No Tempo das Diligências (1939)

A produção traz duas lendas do western: o diretor John Ford e o ator John Wayne, que trabalharam em muitos outros filmes do gênero. Esse é um longa que ajudou a estabelecer o gênero faroeste ao contar a história de um grupo de pessoas que percorre o oeste americano numa diligência. Eles enfrentam diversas adversidades, desde os desentendimentos entre eles, a briga de egos até os indígenas que não aceitam os brancos em seu território. Para quem viu Os 8 Odiados (2015), de Quentin Tarantino, vai notar algumas semelhanças, em especial a tensão entre pessoas tão diferentes em confinamento.
 
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Matar ou Morrer (1952)

O xerife Will Kane (Gary Cooper) vai se casar e acaba mudando os planos ao descobrir que um bandido que mandou para a cadeia escapou da prisão e está decidido a matar Kane. O longa se passa em tempo real, mostrando os esforços do xerife em conseguir aliados para enfrentar o bandido que vai chegar no trem do meio-dia. A produção venceu os Oscar de Melhor Ator (Cooper), Edição, Canção e Trilha Sonora. No Brasil foi lançada uma paródia desse faroeste, a divertida chanchada Matar ou Correr (1954), com Oscarito e Grande Otelo.
 
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Sete Homens e um Destino (1960)

Dirigido por John Sturges, o filme mostra a população temerosa de um vilarejo mexicano com a chegada do bando liderado por Calvera (Eli Wallach). Cansado da situação, o povoado decide juntar o pouco dinheiro que tem e contrata sete pistoleiros para pôr um fim a essa onda de terror. A produção conta com elenco de peso, trazendo nomes como Yul Brynner, Steve McQueen, Charles Bronson e James Coburn. Vale destacar também a inconfundível trilha sonora de Elmer Bernstein.
 
O faroeste é uma refilmagem do japonês Os Sete Samurais (1954), do mestre Akira Kurosawa, que não deixa de ser também um grande western. Atualmente, está em cartaz nos cinemas do Brasil a nova versão de Sete Homens e um Destino, protagonizada por Denzel Washington e Chris Pratt.
 
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Por um Punhado de Dólares (1964)

Nos anos 60, o faroeste americano acabou entrando em declínio, já que seu apelo patriótico perdia força numa época em que o país lutava na Guerra do Vietnã. Mas na Itália surgiu o subgênero western-spaghetti, na mesma década, que ajudou a revitalizar o faroeste. À frente dele estava o cineasta Sergio Leone, que lançou a cultuada “trilogia do homem sem nome”, formada pelos longas Por um Punhado de Dólares (1964), Por uns Dólares a Mais (1965) e Três Homens em Conflito (1966), todos estrelado por Clint Eastwood. Por um Punhado de Dólares traz como protagonista um pistoleiro sem nome rápido no gatilho. Ele se vê no meio de dois bandos rivais, trabalhando para ambos, mas que aos poucos vai colocando um contra a outro.
 
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Era uma Vez no Oeste (1968)

Depois da “trilogia do homem sem nome”, Sergio Leone dirigiu esse clássico do western. Embalado pela memorável trilha de Ennio Morricone, o filme mostra Henry Fonda em seu único papel de vilão. Ele interpreta um pistoleiro contratado para matar a mulher de um dono de fazenda que se recusa a vender a propriedade para dar lugar à uma ferrovia. Mas em seu encalço está o misterioso “homem da harmônica” (Charles Bronson), um homem que precisa acertar as contas com o bandido. O filme já começa grandioso com uma longa cena de abertura que vai construindo toda a tensão da trama e traz a famosa mosca que teima em perturbar um pistoleiro.
 
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Meu Ódio Será Sua Herança (1969)

O diretor Sam Peckinpah inovou não só nesse gênero, mas no de ação também ao usar a câmera lenta para as cenas de violência. Algo que o chinês John Woo acabou incorporando em sua filmografia. A história mostra um grupo de pistoleiros americanos contratado para roubar armamento militar de um trem durante a Revolução Mexicana. É o que basta para grandes sequências de ação.
 
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Os Imperdoáveis (1992)

Clint Eastwood, que fez fama estrelando faroestes, acabou se rendendo ao gênero também na cadeira de diretor. Um desses exemplares é Os Imperdoáveis, vencedor do Oscar de Melhor Filme, Direção, Ator Coadjuvante (Gene Hackman) e Edição.
 
Com seu estilo intimista de dirigir, Eastwood encarna um pistoleiro viúvo que volta à ativa para encontrar o bandido que cortou o rosto de uma prostituta. Ele já matou quase tudo que anda e se arrasta e por uma boa recompensa aceita o serviço. Mas em seu caminho surge Bill Daggett (Hackman), um xerife de moral duvidosa.
 
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Os Indomáveis (2007)

Ótimo remake de Galante e Sanguinário (1957) traz Christian Bale na pele do rancheiro Dan Evans, que se candidata a escoltar Ben Wade (Russell Crowe), um perigoso líder de uma gangue, até o trem para Yuma, onde Wade será julgado e enforcado. Mas claro que o trajeto até a estação é cheia de percalços, principalmente porque o bando de Wade vai atrás para tentar libertá-lo. Se num típico faroeste, o ponto alto são os duelos e perseguições, em Os Indomáveis o forte é a guerra de palavras entre o rancheiro e o bandido, que em outras circunstâncias dariam uma dupla imbatível. 
 
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Bravura Indômita (2010)

Refilmagem do longa homônimo lançado em 1969 e que rendeu a John Wayne o Oscar de Melhor Ator. A produção é dirigida pelos irmãos Ethan e Joel Coen. Na trama, a jovem Mattie Ross (Hailee Steinfeld) tenta convencer o xerife Rooster Cogburn (Jeff Bridges) a lhe ajudar a capturar o homem que matou o pai dela. Ross prova que idade e sexo não são empecilho para se lutar pelo o que quer e se fazer valer a lei. O longa foi indicado a 10 Oscar, incluindo Melhor Filme, Ator (Bridges) e Atriz Coadjuvante (Steinfeld).
 
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Django Livre (2012)

Quentin Tarantino é um diretor cinéfilo que ama os western-spaghetti de Sergio Leone e Sergio Corbucci. Desse último pegou emprestado o nome do lendário personagem de um de seus filmes: Django (1966), cujo personagem-título é interpretado por Franco Nero.
 
Em Django Livre, Tarantino ousa ao misturar faroeste com o tema da escravidão, destilando sua costumeira violência estilizada e pop. O escravo Django (Jamie Foxx) é libertado pelo caçador de recompensas King Schultz (Christoph Waltz) e o ajuda a encontrar uma temida dupla. Em troca, Schultz auxilia o ex-escravo a resgatar sua esposa. Atenção para a divertida cena em que Foxx divide com o Django de outrora, Nero.
 
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Por Vanessa Wohnrath

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