Assalto ao Banco Central (1)

Publicada em 29/07/2011 às 15:33

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Assalto ao Banco Central Crítica

Entre tantos filmes que reproduzem os romances e intriguinhas das novelas globais, eis que surge um lançamento nos cinemas que faz brotar a esperança no cinema nacional. Mesmo com direção do global Marcos Paulo, o Assalto ao Banco Central, é diferente do que se tem visto. Apesar de receber duras críticas, tem o mérito de unir humor, ação e tensão na dose certa.

Assalto ao Banco Central é baseado numa história real, ocorrida em Fortaleza, há recentes seis anos. Na ocasião, 36 pessoas participaram do planejamento da escavação de um túnel que levou os assaltantes ao cofre do banco, dando à instituição um prejuízo de 164,7 milhões de reais. Da equipe, 26 foram presos e quatro assassinados.

Os personagens pitorescos fazem parte da argumentação ficcional de Antonia Fontenelle - que faz uma participação especial e é esposa do diretor, em conjunto com os roteiristas Renê Belmonte e Lúcio Manfredi. Na trama, o Barão, interpretado por Milhem Cortaz (Cilada.com e Tropa de Elite 2), convoca um time escolhido a dedo para organizar o assalto – e bem mais enxuto, se comparado ao número real.

Integram o assalto os personagens: Mineiro (Eriberto Leão - Intruso e Um Homem Qualquer), Tatu (Gero Camilo - Hotel Atlântico e Pequenas Histórias), Doutor (Tonico Pereira – Romance e Saneamento Básico, O Filme), Firmino (Cadu Fávero, Cazuza - O Tempo Não Pára), Léo (Heitor Martinez - Cleópatra e Mais uma Vez amor), Décio (Juliano Cazarré - Vips e Bruna Surfistinha), Saulo (Creo Kellab, Garrincha - Estrela Solitária) e Caetano (Fábio Lago - Tropa de Elite e A Grande Família). Carla, protagonizada por Hermila Guedes (Baixio das Bestas e O Céu de Suely), é a esposa do Barão, que mete na jogada seu irmãozinho Devanildo, interpretado por Vinicius de Oliveira (Linha de Passe).

Do outro lado da trama, a investigadora da Polícia Federal, Telma Monteiro (Giulia Gam, de Chico Xavier – O Filme) e o delegado Chico Amorim (Lima Duarte, de Paulo Gracindo - O Bem Amado), guiam o espectador na condução das investigações. As participações singelas dos atores Daniel Filho, Cássio Gabus Mendes, Antônio Abujamra e Milton Gonçalves completam o elenco.

Produzida de maneira não linear, a narrativa intercala cenas do planejamento do assalto com os momentos da investigação e do interrogatório aos assaltantes. A técnica dá margem a comparações com o cinema hollywoodiano que, neste caso, pode não alcançar o mesmo prestígio, mas se comparado às produções nacionais, o que é mais justo, o filme se sai muito bem. Pode pecar em clichês e outros artifícios, mas para um diretor estreante e com experiência apenas na televisão, é uma evolução que não pode ser desmerecida.

O mérito também está nos atores, que conseguiram desvincular sua atuação das performances televisivas, dando veracidade à trama. Assalto ao Banco Central pode não aprofundar os personagens, nem traçar perfis psicológicos, detendo-se mais nos fatos. Mesmo assim, tem um ritmo acelerado que consegue entreter e satisfazer os espectadores que não estão à procura do grande filme de suas vidas. Além disso, fica o gostinho de “quero mais”.

Saiba mais sobre o filme Assalto ao Banco Central.

Por Paula Cassandra

Comentários (2)





alexsandro comentou: gostei 24/09/2012 | Responder

vitoria comentou: Gostei do filme. Nota
07/08/2011 | Responder