Contágio (1)

Publicada em 28/10/2011 às 14:17

Comente

Contágio

Pouco sabemos o que aconteceu antes. Na verdade, quase nada.  Acompanhamos os fatos como ponto de partida o “Dia 2”, no qual a bela Beth Emhoff (Gwyneth Paltrow) aparece descontraida, tomando uma bebida e conversando pelo celular com alguém que prefere o anonimato. Mal sabe Beth que aquela simples traição está colocando em risco a existencia humana no planeta Terra. Contágio (Contagion – 2011) são várias histórias sobre o horror invisível e a decadência social.

Dias após, Beth tem um colapso, caí no chão espumando pela boca. Algumas horas depois, os médicos estão cerrando a sua cabeça para examinar o cérebro. O marido dela, Mitch (Matt Damon) entra num desespero tão grande que não vê que seu enteado, Clarck, acaba morrendo dos mesmos sintomas. Mitch é logo isolado, só que inexplicavelmente ele é imune à doença. Assim como em Guerra dos Mundos, Mitch tenta fugir da cidade, só que devido a quarentena, é obrigado a suportar o caos e esperar que sua filha seja vacinada.

Em Atlanta, Estados Unidos,  agentes do Departamento de Segurança Nacional dos Estados Unidos se reunem com o doutor Ellis Cheever (Laurence Fishburne) e a doutora Erin Mears (Kate Winslet) para informar que, para eles, a doença é uma arma biológica, com a intenção de provocar a desordem as vésperas do feriado de Ação de Graças.

As baixas vão se multiplicando ao redor do mundo e a vacina ainda não é descoberta. Para piorar todo o cenário, o jornalista sensacionalista Alan Krumwiede (Jude Law) alega ter se curado da doença usando um homeopático feito com base em forsythia. Isso provoca pânico na população, que ao tentar obter a tal forsythia sobrecarrega as farmácias e aumentam ainda mais o número de infectados.

Em um debate na televisão, Krumwiede cria mais outra enorme polêmica ao acusar Cheever de informar a amigos que deixem Chicago antes que a quarentena seja imposta.  Mais tarde sabemos que o jornalista na verdade nunca ficou doente e que só inventou a história da cura para conspirar a favor da indústria farmaceutica.

O vírus é batizado de Mev-1, é mais letal que a gripe suína e o H1N1.  Para descobrir a origem da doença, a epidemiologista da Organização Mundial da Saúde, Leonora Orantes (Marion Cotillard)  viaja para Hong Kong e acaba sendo sequestrada.

Contágio deixa aquela sensação de não sabermos direito do que ter medo e é capaz que, por algum tempo, influencie alguns espectadores nos seus hábitos higiênicos.  O diretor Steven Soderbergh (Onze Homens e um Segredo) narra de  maneira crua sobre como o medo domina não apenas a sociedade, mas também deixa assustadas e perdidas pessoas – oficiais, médicos, autoridades – que aparantemente teriam que ter o controle da situação.

Soderbergh constrói a sua história usando como metáfora o sentimento de desconforto pertubador das nossas doenças sociais – arrogância, estupidez, ignorancia – e como tudo isso é tão perigoso como um novo vírus. Há também o paralelo sobre a rapidez com que se avança esse vírus e o “virais” que espalham alguns boatos que circulam pela internet – no caso do filme, é o abalo que traz para a sociedade as fofocas que Krumwiede publica em seu blog, isso faz com que o jornalista seja chamado de “Profeta”.

Apesar de interessante, o elenco rechado de estrelas é mal aproveitado. Quantas produções se dão ao luxo de ter três atrizes vencedoras do Oscar – Paltrow, Cotillard e Winslet – e matar uma logo no começo e subaproveitar outra? Spoiller: no final do filme o diretor nos revela o tal “Dia 1” e de como possivelmente, e banal, é o surgimento do vírus.

Saiba mais sobre o filme Contágio.

Por Jean Garnier

Comentários (6)





mayara comentou: o filme é uma bela enganação. o trailer mostra um filme espetacular, e na hora que a gente assiste, da uma p%&a dor no intestino grosso.kkk. acho que o roteirista tentou nos abrir os olhos para uma higiene que ninguem tem. era pra ser um ótimo filme, pena que não souberam aproveitar Nota
29/03/2012 | Responder

Apolo comentou: Filmaço para quem gosta de cinema e fotografia. Nota
26/12/2011 | Responder

Filipe de Oliveira comentou: Muito Fraco, desanimador SEM AÇÃO Nota
19/11/2011 | Responder

Marjory comentou: Filme muito interessante, começando pelo seu elenco. fiquei impressionada em ver q as grandes atrizes vencedoras de oscars e tudo o mais se disponibilizaram a aceitar papeis como ao que fizeram ate pq detesto assistir filmes com atores para mim anonimos ou de baixa categoria, enfim, cada ator e atriz desempenhou seu respectivo personagem PERFEITAMENTE. Rica estoria e concordo com o que o filme nos passa: HIGIENE!!! Nota
04/11/2011 | Responder

Israel comentou: Dou nota um, pois se acena tivesse termindo onde começou, nao teria me decepcionado tanto.

ruim, último filme da temática para se assistir.

Ao menos kate faz bem o seu miserável papel, desta vez ela morreu mesmo "quentinha na cama" mas tremendo de frio.

Para mim num grande filme não adianta ter um diretor oscarizado e atores tops, tem q ter roteiro, interação com o público etc, afinal quem manda no filme somos nós quem pagamos para assisti-los.

fraco, péssimo, fui enganado com trailer fake.
Nota
03/11/2011 | Responder

Fran comentou: Muito ruim.

Esperava muito muito muito mesmo do filme, 1º um filme apocaliptico[muito dificil errar num filme assim] 2º muitas estrelas...tudo isso junto esperava um filme espetacular...

O que acontece na verdade é um filme enfadonho, arrastado, onde dá a impressão que as estrelas brigaram pra aparecer, assim, o diretor enfiou garganta a baixo um monte de cena chatas e desnecessárias com elas.

Pra piorar, putz o vírus tá matando geral,mas os funcionários do governo não morrem, continuam firme e fortes pra descobrir a cura, manter a ordem...uma insanidade.

Muito muito muito ruim e decepcionante.
Nota
29/10/2011 | Responder