Larry Crowne – O Amor está de Volta

Publicada em 10/09/2011 às 14:27

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Larry Crowne

Sabe aquele sorrisinho sincero que se forma no cantinho da boca trazendo um sentimento bom? Pois mesmo após já ter assistido Larry Crowne – O Amor Está de Volta, ele ainda se forma em meu rosto somente ao me lembrar do filme como um todo.

Carisma: Tom Hanks possui mais do que a enorme maioria dos atores hollywoodianos. Isso é inegável. É, também, sem dúvida, um sujeito inteligente. Mas parece bobo às vezes. Vejo-me impossibilitado de escrever uma crítica sem expor minha pessoalidade, o que deverá tornar o texto mais íntimo (assim como é esse filme).

Hanks, desde que comecei a me interessar mais profundamente por filmes (e lá se vão uns 16 anos) até o início do presente século (quando comecei a assistir alguns clássicos do Marlon Brando, Anthony Hopkins, Al Pacino e Robert De Niro (meu preferido), era meu ator hollywoodiano preferido. O astro unânime das minhas tardes e noites à frente da TV! É, de fato, impossível contabilizar a quantidade de vezes que assisti Quero ser Grande, Uma Dupla Quase Perfeita, Nada em Comum... são comédias bobas, sem dúvida, mas de muita pureza e uma simplicidade característica e tocante. E lá estava, naquele menino franzino, o mesmo sorrisinho sincero no cantinho da boca durante horas a fio...

Foram muitos filmes estrelados por ele que assisti (inclusive os clássicos Forrest Gump – O Contador de Histórias e Filadélfia – meu favorito). Entre todos, tive a oportunidade de ver, rever e mais uma vez o primeiro filme dirigido por Hanks: The Wonders – O Sonho não Acabou (à época eu não fazia idéia de que ele estava à frente da obra e, muito menos, que ele havia a escrito também). O agora eterno cowboy Woody já mostrava, ali, a sua competência e capacidade para conquistar qualquer sorriso com uma naturalidade espantosa. E lágrima também! É impossível, portanto, não se lembrar de outro Woody (claro que sem comparações diretas): Woody Allen.

Sabendo que todos sorrisos sinceros (daqueles que comédias para o riso fácil não produzem e que você se sente feliz intimamente) não são fáceis de nascer, Larry Crowne (e, a partir daqui, vou me recusar a utilizar o péssimo subtítulo nacional) já carrega pontos importantes. É boboca? É. Mas demonstra a intenção do diretor e protagonista de resgatar o cinema leve, prazeroso e, por conseqüência, divertido, tão esquecido pelas altas cifras de alguns blockbusters desprezíveis.

Como retrato do longa-metragem, as atuações do elenco transcorrem de forma delicada, o que prova ao espectador o talento do cineasta ao lidar com os seus subordinados.

O roteiro é ingênuo? A história não tem reviravoltas enormes? Sim (para as duas perguntas). E fica muito claro que, nas mãos de outra pessoa tudo se tornaria chato e desprovido de qualquer elemento estimulante. Mas está nas mãos de quem deveria estar.
Então, antes de me despedir, agradeço por ter me permitido ser mais íntimo do que nas vezes anteriores. Digo isso porque se você leu até aqui, a permissão me foi dada. T.Hanks! Vê? Larry Crowne causa esse efeito...

Bem... é isso. Tom Hanks – Está de Volta (um trocadilho bem infame) a um lugar que se sente confortável e passa isso para quem o assiste. E a verdade é que ele só tem a intenção de uma coisa: incutir aquele sorrisinho verdadeiro que fica no cantinho da boca por horas.

Ah... HollyWoody...

Por Sihan Felix - @sihanfelix

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