Faltando menos de um mês para essa premiação que rola muita politicagem, dinheiro e injustiça (como tantas outras), resolvi fazer essa matéria para expor minhas preferências e as minhas apostas (como o fiz em 2012), visto que, na maioria das vezes, elas não coincidem. Isso porque, para as apostas, faz-se necessário pensar um pouco com as cabeças dos votantes da Academia.
Além, deixo meus comentários em cada categoria, como poderão ver.
E então? Quais são os seus preferidos? E as suas apostas? Comente! Façamos um debate até a noite da premiação (e depois também)! E acompanhe, em tempo real, aqui no site, as entregas das estatuetas.
Farei, também, comentários ao vivo pelo meu Twitter (@sihanfelix).
Para acompanhar, siga, igualmente, a colega redatora e crítica Laísa Trojaike (@LaisaTrojaike) nessa rede social.
Comentários: Ano dos mais difíceis. Não, talvez, pelos primorosos predicados da maioria (como na disputa de 2008 entre os excepcionais Sangue Negro, meu favorito, e Onde os Fracos Não Têm Vez, o vencedor – que, em uma disputa justa, venceriam qualquer um dos nove indicados do presente ano), mas pelo nivelamento em um nível de qualidade muito bom e que permite a disputa entre vários e, não, entre dois destaques apenas.
A minha preferência é pelo A Hora Mais Escura e, confesso, a minha certeza quanto à sua derrota é quase plena. Recentemente, esse filme sofreu retaliação de alguns senhores de Washington, que, inclusive, fizeram questão de enviar uma carta à Sony Pictures por acreditarem (com suas segundas faces) que as cenas nas quais terroristas são torturados para a obtenção de informações não são verídicas. A ironia maior (se é que a piada não já está pronta) é que a CIA admitiu que as técnicas (?) aconteceram e foram necessárias. Esse jogo político, além de enfraquecer brutalmente a obra de Kathryn Bigelow (que venceu o espetacular Bastardos Inglórios e o lindo e vazio Avatar no Oscar de 2010 com o ótimo – e não mais que isso – Guerra ao Terror), retirou a diretora da disputa pela estatueta pessoal, o que deixa absolutamente tudo mais difícil para o filme, visto que o único vencedor da categoria principal na história contemporânea (com a existências dos sindicatos...) que não teve o seu diretor indicado foi Conduzindo Miss Daisy, no já distante ano de 1990. A Hora Mais Escura é, ao contrário do que pode parecer, abolutamente imparcial, inclusive, escrito após alguns anos de pesquisa e inicialmente pensado em descrever o fracasso da missão americana de capturar Bin Laden, o que precisou ser modificado empós o êxito. Bigelow se mostra mais madura e ainda mais competente do que há três anos. O tom jornalístico que a obra admite é de uma natureza crua e detalhista que fazem da não indicação da diretora uma das (ou a maior) injustiça do ano (junto da ausência de O Mestre e Paul Thomas Anderson). Um filme ainda melhor que Guerra ao Terror e que, por decisões baixas, não deverá levar o Oscar. Mas, até lá, ainda há esperança. E essa reside na retidão dos votantes da Academia de, além de entregarem a estatueta ao melhor filme entre os indicados (seguido de muito perto pelo lindíssimo Indomável Sonhadora, pelo corajoso As Aventuras de Pi, pelo delicado e forte Amor e pelo super-estiloso Django Livre – como disse, ano dos mais difíceis), utilizarem aquele homenzinho dourado e careca como um pedido de desculpas (pequeno, mas aceitável) por terem cedido à ingênua pressão daqueles que duvidam da inteligência do povo.
Mas, então, minha aposta cai sobre o novo trabalho do Spielberg. Maniqueísta como o seu concorrente anterior (o fraco Cavalo de Guerra) e de tom mitológico absurdamente inapropriado (por retratar uma história real – que inclusive é ao que se propõe), Lincoln é tudo aquilo que a Academia admira: o americano perfeito, orgulho da nação, tratado como um profeta, um semideus (o que é, até, citado durante a projeção), capaz das melhores frases e histórias nos piores momentos possíveis. Com uma trilha solene de John Williams sempre aprofundando (?) os pensamentos do insuperável Abraham Lincoln, com a fotografia de Janusz Kaminski transformando cada sequência em um magnus tempus, Lincoln, além de ser o pior dos indicados, traz consigo um preconceito enrustido asqueroso (o mesmo que vi em Histórias Cruzadas – um dos favoritos do ano passado), mostrando os negros como entes trágicos aguardando o Deus encarnado em um homem branco para serem alforriados. E, claro, para salvar a humanidade dos vampiros (mas essa é uma outra fantasia).
O muito bom Argo, que tem mais chances que todos esses juntos (mesmo sem o responsável indicado – como Django Livre), merece o homem pelado dourado se for para alavancar a carreira de diretor de Ben Affleck de uma vez, afastando-o da de ator.
Comentários: Benh Zeitlin conseguiu se equilibrar com muito zelo em uma fina corda que divide o mundo de Indomável Sonhadora em dois. A um dos lados, a pobreza (e a exploração dessa), do outro, a fábula, o encantamento... a inocência. E, com poesia, ainda faz alguns estereótipos existirem como... mito! Além, o diretor esteve à frente, durante todo o trabalho, de um elenco de locais (moradores de pântanos e regiões alagadas – especialmente, após o furacão Katrina, em 2005) e revelou a excelente Quvenzhane Wallis, uma pequenina que já está concorrendo na categoria de melhor atriz.
Comentários: Parece contraditório, o meu voto no sujeito que protagoniza Lincoln. Mas as verdade é que Daniel Day-Lewis é, sem a menor dúvida, o melhor ator em exercício da atualidade e sabe o que fazer para alavancar um filme. Meses de preparação, pesquisas, estudos e uma atuação que, apesar do roteiro unidimensional e mitológico, quase consegue fazer o público crer que ele estava interpretando um ser humano com suas fraquezas e, não, os siameses de quatro poderosas e perfeitas cabeças Zeus, Odin, Vishnu e Amon.
É uma pena, além, que o melhor personagem de Os Miseráveis tenha cantado um pouco fora da sua tessitura vocal. Falha no planejamento, da produção, do Tom Hooper... como é boa fatia do filme. Apesar disso, Hugh Jackman desempenhou um belo e esforçado trabalho.
Comentários: A personagem de Jessica Chastain em A Hora Mais Escura é a imagem de um ser polidimensional, com seus questionamentos quanto aos métodos de tortura e, ao mesmo tempo, a sua sapiência de que é o único meio passível de resultado. Sua aflição quanto a isso é extremamente bem representada pela atriz, que ainda encontra formas de demonstrar a sua dolorida renúncia à vida pessoal e o seu cansaço gradativo (que é notável).
Gostei muito da Naomi Watts em O Impossível, Jennifer Lawrence não consegue atuar mal (isso parece ser um fato consumado), seria fantástico se Emmanuelle Riva se sagrasse vencedora na noite do seu octagésimo sexto aniversário (que senhora estupenda! – não lembro se já utilizei esse adjetivo), afinal, o Oscar faz questão de ser um show, e Quvenzhane Wallis tem a participação tão linda quanto o próprio filme, mas vejo a sua indicação como um incentivo à carreira e nada além.
Comentários: Categoria complicada. Fico com Christoph Waltz pelo tom inverso ao seu papel em Bastardos Inglórios e, ao mesmo tempo, pela interpretação dualística em algumas sequências de Django Livre. A sua naturalidade diante de ações absurdas torna qualquer previsível espanto em uma passagem natural... fluente.
Mas Tommy Lee Jones (e sua peruca bem charmosa) soa tão humano em meio à profusão grandiosa de Lincoln (e guarda tão bem o seu segredo) que, por isso, acredito eu, a Academia será atingida pela própria contradição e lhe dará o prêmio.
Philip Seymour Hoffman está brilhante em O Mestre. Se o sujeito de ouro for seu, estarei feliz. Quase o coloquei ao lado do Waltz, mas achei mais coerente escolher um.
Robert DeNiro, meu preferido da história, não irá vencer (a não ser que queiram fazer alguma inusitada homenagem – o que duvido).
Alan Arkin por Argo? Tampouco. Não pelo seu trabalho (sou fã incontestável), mas por ter estado em cena por... cinco ou dez (no máximo) minutos durante todo o filme. Seria estranho a vitória cair no seu colo após disputar com os quase onipresentes Waltz, Jones e Hoffman.
Comentários: Amy Adams está merecendo o Oscar há algum tempo, mas nunca tanto quanto agora. Sua versão de esposa controladora é humana e parece reluzir nos olhos da Peggy. Apenas a cena no banheiro (quase uma castração moral) valeria o prêmio.
Mas... Ah! Anne Hathaway... Por quê? A princesa que virou um sapo em 2013. Ergueu campanha, utilizou de falsa modéstia, fez alarde sobre a sua interpretação. Como o Oscar é exatamente (ou quase isso) como uma corrida política, seria uma surpresa gigantesca se Hathaway não vencesse. Uma ótimo surpresa. Pois o trabalho da Adams e da Helen Hunt são superiores.
Sally Field pode vencer com a sua atuação mais-que-melodramática e Jacki Weaver corre por fora... muito fora...
Se conseguissem encaixar a Helen Mirren, por Hitchcock, nessa categoria, ela seria uma forte candidata. Devem ter ficado na dúvida se ela fez papel de coadjuvante no filme que tem a trama situada durante as filmagens do clássico Psicose.
Comentários: Deve ser o prêmio mais fácil da noite. Amor, merecidamente, está indicado ao prêmio principal (o único desses cinco – e, se ganhar, será muito bonito), então... não restam dúvidas. Aqui, irá vencer fácil. Com méritos. Michael Haneke, simples e grandiosamente (pode!), revela, em imagens, uma miríade de emoções que transborda os significados dos sentimentos que são apresentados. E não é esse o maior mérito. A maior conquista de Haneke com Amor é conseguir trabalhar um tema extremamente delicado e passível de lágrimas fáceis sem qualquer base melodramática. Mais: de forma objetiva e humana... real. E com um final que mistura os sentidos e, ao mesmo tempo, revela uma antítese ao seu título.
Sinto falta d'O Palhaço entre os cinco. Não venceria, mas estaria no lugar de Kon Tiki.
Comentários: Categoria imprevisível. Fico com o Mark Boal pelos diálogos rápidos, fortes... pelo jogo psicológico ferrenho. Mas, por tudo que citei na categoria principal, acho difícil a sua vitória.
Amor, encaixaria Hollywood numa política de aproximação com o cinema estrangeiro que vem sendo querida pelos EUA e justificaria a indicação na categoria principal e na de melhor diretor (tentando pensar com a mente dos votantes). Mesmo podendo vencer por esses fatores políticos, será merecido... tanto quanto a improvável vitória de Quentin Tarantino, por Django Livre.
Comentários: As Aventuras de Pi consegue percorrer o delicadíssimo tema "religião" com uma lucidez fantástica (e fantástica de fantasia mesmo) sem mostrar pensamentos de superioridade ou razões divinas. Trata-se de uma escolha. Uma... fé. Também consegue, corajosamente, fazer com que o público torça para o mal que há em uma pessoa e se apegue a ele. Afinal... Não. Não quero divulgar um spoiler tão grande.
Porém Argo é queridinho (e um dos favoritos ao prêmio principal também). Se ganhar aqui e Spielberg vencer em direção (o que é muito provável), a vitória na categoria principal poderá estar comprometida. Então... melhor roteiro adaptado seria um consolo (!).
Comentários: Ano fraquíssimo. Piratas Pirados! deve estar indicado, somente, pelo trabalho exaustivo do stop-motion com massinha.
Valente, que deverá vencer (torço para que não), tem a história mais rasa entre os filmes da Disney/Pixar (rivalizando com Carros 2) e pode estar indicado pela preciosidade que é o cabelo da protagonista.
Paranorman é bom, tem seus méritos e merece a indicação (não mais que isso).
Minha preferência ficou entre o ótimo Detona Ralph, que tem um roteiro incrivelmente bem amarrado (numa época que tem se feito animações cada vez mais infantilóides – que nem crianças deveriam assistir), com diálogos e personagens que atiçam a curiosidade sem entregar tudo mastigado (o que, hoje, é louvável) e o também ótimo Frankenweenie, de Tim Burton, que, ousado, homenageou diversos clássicos do terror/horror, corajosamente em preto e branco (o que deve ter chateado muitas crianças – e adultos), com uma história divertida, bem escrita, que peca, apenas, por alguns excessos com os personagens coadjuvantes e por não ser exatamente original.
Comentários: Lá vamos nós novamente, Janusz Kaminski. A fotografia do parceiro do Spielberg é tudo que o cinemão americano gosta. Ilusória, grandiosa, ares de palco e, não, de vida. Sempre engrandecendo e ressaltando o tão famoso perfil do ex-presidente. EmLincoln, Kaminski não localizou a narrativa, nem indicou atalhos visuais ou, muito menos, morais. Ele criou um campo de força... uma áurea de luz ao redor do mito. Deverá ganhar, mas estarei torcendo contra fortemente.
E... por que meu preferido é Roger Deakins? Objetivadade dentro da subjetivadade. Deakins conseguiu brincar com as cores (especialmente com o vermelho) nesse novo (um dos melhores da franquia) 007. Repare, em certo momento, um dos personagens passando, à noite, atrás de um carro parado que está com os faróis noturnos (vermelhos, claro) ligados: apenas a mão armada do personagem é ressaltada por essa luz vermelha. E o que acontece mais à frente?
Outro detalhe interessantíssimo (e que é de uma rima sensacional entre imagem e roteiro) é a definição (igualitária) que Deakins e a personagem de Judi Dench (M) dão a James Bond (Daniel Craig) e ao vilão Silva (Javier Bardem): "Ambos saíram das sombras.", diz M, o que remete ao princípio da fita, quando vemos a silhueta do Bond (no último plano) vindo em direção à... luz. Só quando está ao primeiro plano seu rosto é revelado. Um trabalho simples, objetivo e, ao mesmo tempo, subjetivo. Mas a sua vitória é improvável.
Comentários: Se John Williams (meu compositor vivo favorito), que já tem cinco estatuetas na sua estante e está bem próximo da sua quinquagésima indicação, vencer, a Academia estará o impulsionando a continuar compondo as trilhas grandiosas do seu criativo piloto automático. Criador de partituras memoráveis (daquelas de sair assobiando após a sessão – e por muito tempo depois), como a do excepcional tema do A Lista de Schindler ou do mais recente, incrível e saudoso tema da franquia Harry Potter, Williams parece ter adormecido parte do seu talento. Mesmo assim, continua sendo o melhor entre os compositores vivos, o que não faz a trilha de Lincoln ser a mais bem sucedida, pela solenidade exagerada e pelo tom de reverência quase vitimista que acaba por enfraquecer, ainda mais, um filme carente de mais dimensões.
Thomas Newman, por sua vez, contorna 007 - Operação Skyfall com sagacidade, inserindo acordes fortes nos momentos de ação que se encaixam com as batidas e explosões da fita. Repare na primeira sequência de ação como a trilha e as imagens caminham absolutamente unidas! É bonito de se ver e escutar.
Alexandre Desplat também faz um trabalho muito competente (e isso tem virado costume seu), assim como Mychael Danna (minha aposta pela bela trilha de As Aventuras de Pi). Ambos também são merecedores do prêmio.
Dario Marianelli corre por fora. Sua vitória seria uma surpresa. Nem boa, nem ruim. Uma surpresa somente.
Comentários: Há tempos uma canção tão bonita e simples como a Before My Time não tinha espaço no Oscar. E Scarlett Johansson gravou tão bem meio ou um tom abaixo do seu propositalmente (para deixar sua voz mais escura) que eu ficaria feliz com a vitória. Além disso, faz parte da trilha de um documentário, o que deixa a disputa bem interessante e a indicação com gosto de vitória.
Skyfall, interpretada por Adele para o 007 - Operação Skyfall, é das mais integradas à obra correspondente. Além disso, é a mais popular e a mais querida entre os americanos. Será difícil não vencer (mesmo com a cantora a cantando na noite de entrega das estatuetas)... disputando duro contra a Everybody Needs A Best Friend (típica canção que vence Oscar – animada, inteligente, divertida...), interpretada por Norah Jones (de quem sou fã) para Ted.
Mas fico com a belíssima Pi's Lullaby, do As Aventuras de Pi. interpretada pela excelente indiana Bombay Jayashri. Sua difícil vitória seria uma das mais lindas da premiação. Fico na torcida.
Hugh Jackman foi prejudicado com a Suddenly. A canção está fora do seu tom e, de qualquer forma, não é das mais bonitas. Mas... pode ser um agrado a esse australiano tão querido por todos.
Comentários: O preferido do público é Procurando Sugar Man, um documentário de excelência, muito bem fotografado, com boa montagem... um tratado (?) definitivo (!) sobre Rodriguez, um improvável herói da música para dois sul-africanos.
Mas, sem dúvida, o destaque principal é The Invisible War, do Kirby Dick. Um minuncioso trabalho investigativo de grande poder emocional que revela que as mulheres do exército americano têm mais chances de serem violentadas por companheiros do que de serem mortas em combate. Perturbador, forte... e um pequeno sopro da Academia. Um sopro que tenta dizer aos mandantes do governo: "Olha! Nós temos vontade própria e premiamos um filme que revela muita podridão encoberta por vocês." E os números são bizarros: quase metade das jovens que serviram ao exército dos EUA já foram estupradas por colegas homens.
Comentários: Por conseguir ritmar e unir a missão de final já sabido com a história da personagem de Jessica Chastain, dando ao filme um clima de tensão e urgência psicológica sempre ativo, William Goldberg, por A Hora Mais Escura merece o prêmio. Argo, por sua vez, tem a montagem como um dos pontos mais fortes graças ao trabalho de... William Goldberg. Fica a minha aposta por acreditar que ele (Argo) não levará o prêmio principal, então, deverá levar os... menores (?).
MELHOR DESIGN DE PRODUÇÃO (anteriormente, DIREÇÃO DE ARTE)
Comentários: Bem complicado. Diferente do ano passado (2012), são três filmes que retratam uma época passada, uma semi-fantasia e uma fantasia (esses costumam levar os prêmios de Direção de Arte e Figurino). Minha preferência e minha aposta caem sobre Os Miseráveis por ser o motivo maior de valer a pena assistir a esse filme do Tom Hooper. Mas qualquer um será merecedor... inclusive Lincoln e o pobre de narrativa O Hobbit: Uma Jornada Inesperada.
Comentários: Outra disputa apertada entre Os Miseráveis, Anna Karenina e Lincoln. Apesar da minha torcida pelo primeiro, que mostra uma diversidade incrível de vestimentas e todas muito detalhadas, enxergo essa mesma qualidade na obra do Spielberg e, talvez, seja essa a preferência da Academia. Mas... Os Miseráveis.
Comentários: Queria muito ter minha preferência voltada para O Hobbit: Uma Jornada Inesperada, é a melhor salvação desse filme do Peter Jackson, além do design de produção. Com exceção do Branca de Neve e o Caçador, todos merecem, com louvor, estar entre os indicados. Mas fiquei encantado por Richard Parker e estarei torcendo para que ele tenha feito o mesmo efeito nos votantes.
Comentários: Ter em mãos um filme quase que 100% cantado "ao vivo" e recriar, em cima disso (o que já se mistura com o quesito abaixo), efeitos de bombardeios, tiros... com quase perfeição faria Os Miseráveis merecer essa estatueta, mas quase perfeição não vence numa categoria técnica. Claro que posso errar, mas, se meus ouvidos ainda estiverem atentos, Argo deverá vencer essa categoria com alguma facilidade devido, justamente, ao esforço de evitar a proclamação desses efeitos e os fazer surgir como sugestões contidas. É um belo trabalho.
Comentários: Pelos diálogos rápidos (em meio a tantos acontecimentos) e de, muitas vezes, um volume baixo extremamente preciso e audível, fico com A Hora Mais Escura e aposto na sua vitória. Mas todos os outros têm um trabalho competente de edição de som. As Aventuras de Pi, por exemplo, é dos mais limpos que já vi (escutei).
Comentários: Não seria ruim, de forma alguma, a vitória de O Hobbit: Uma Jornada Inesperada. Mesmo o assistindo a 48 frames por segundo, a maquiagem é bem detalhista (apesar de, às vezes, parecer artificial). Apesar disso, em Os Miseráveis, o trabalho é bem mais delicado. O envelhecimento gradual do Jean Valjean (Hugh Jackman) é precioso, assim como o retrato dos mais pobres e das prostitutas, com seus rostos manchados de uma forma, até, desregrada.
Quanto ao Hitchcock... excelente trabalho ao transformar Anthony Hopkins no gênio (quase que um gênio em outro – comparações completamente à parte), mais nada além.
MELHOR CURTA-METRAGEM (animação)
Adam and Dog
Fresh Guacamole
Head over Heels
O Dia Mais Longo na Creche
O Avião de Papel
Preferido:Head over Heels
Aposta: O Avião de Papel
Comentários: Enquanto Adam and Dog é o mais incrível esteticamente, Head over Heels é o mais bonito, original e romântico (e ainda é engraçado – sem ser clichê).
O Avião de Papel é delicado, tecnicamente perfeitinho, infelizmente previsível e... é da Disney, empresa adorada pelos senhores votantes.
No mais, Fresh Guacamole deve ter entrado entre os cinco para fazer número e The Longest Daycare, protagonizado pela Maggie Simpson, é bem engraçado...
MELHOR CURTA-METRAGEM
Asad
Buzkashi Boys
Curfew
Dood van een Schaduw
Henry
Preferido:Asad
Aposta: Asad
Comentários: Curfew é curioso (e a atriz mirim é bem talentosa).
Dood van een Schaduw é levemente bizarro e tem um desfecho interessante.
A vitória de Buzkashi Boys seria politicamente muito interessante para os EUA por se tratar de uma obra em parceria com o Afeganistão (uma ótima fita).
Henry é bonito, mas sem muita força que justifique a premiação.
Asad é o meu favorito por retratar a luta de um menino para sobreviver numa terra devastada pela guerra sem melodrama, de forma objetiva e com um pequeno toque de fábula. É uma produção conjunta entre EUA e África do Sul, o que é, assim como Buzkashi Boys, muito interessante para o Tio Sam.
MELHOR CURTA-METRAGEM (documentário)
Inocente
Kings Point
Mondays at Racine
Open Heart
Redemption
Preferido:Inocente
Aposta: Inocente
Comentários: Dar a um pouco de arte simples, de coração e de grande força pelos sonhos o prêmio seria bonito e de se admirar, por isso, acredito que o prêmio irá para Inocente. É uma escolha difícil (gosto muito do Open Heart), mas fico ao lado da minha aposta e torcerei para o mesmo.
Elaine B. L. Costa comentou:Melhor Filme: O Lado Bom da Vida
Melhor Diretor: Steven Spielberg
Melhor Ator: Bradley Cooper, por O Lado Bom da Vida
Melhor Atriz: Naomi Watts, por O Impossível.
Melhor Ator Coadjuvante: Robert DeNiro, por O Lado Bom da Vida
Melhor Atriz Coadjuvante: Anne Hathaway, por Os Miseráveis
Melhor Filme Estrangeiro: Amor
Melhor Roteiro Original: Quentin Tarantino, por Django Livre
Melhor Roteiro Adaptado: Argo
Melhor Animação: Valente
Melhor Fotografia: 007 - Operação Skyfall
Melhor Trilha Sonora: Mychael Danna
Melhor Canção Original: Chasing Ice
Melhor Documentário: Searching for Sugar Man
Melhor Figurino: Os Miseráveis
Melhor Efeito Visual: As Aventuras de Pi
Melhor Efeitos Sonoros: Os Miseráveis
Melhor Maquiagem: Hitchcock06/02/2013 | Responder
Sihan Felix respondeu:Se Tarantino ganhar com o roteiro de Django Livre, será bem interessante, depois das acusações (moralistas e bestas). :)09/02/2013
Ítalo comentou:Lincol e aquele filme, que ja no cartaz declara que vai ser indicado em 10 categorias, mas so ganha em duas ou três.
Con certeza, ele ñ ganha melhor filme mas melhor diretor e Spielberg.05/02/2013 | Responder
Sihan Felix respondeu:Espero que estejas certo quanto ao Lincoln e errado quanto ao Spielberg, Ítalo. :)09/02/2013
Lucian Moura comentou:Sinceramente estou torcendo para O Lado Bom da Vida, tenho consciência de que ele não é lá o mais "gabaritado" para levar estatuetas, mas vitórias desta produção representaria um avanço no conservadorismo do Oscar o que o faz um prêmio exageradamente "engessado". E claro para ator coadjuvante Christoph Waltz foi brilhante como Dr. King Schultz em Django.05/02/2013 | Responder
Wilken Vieira comentou:To Pouco me lixando para o Patriotismo americano Lincoln é uma boa película se não ganhar minhas apostar vão para As Aventuras de Pi05/02/2013 | Responder
Elaine Barbosa comentou:Bom saber que não sou a única a não preferir "Lincoln" para a principal categoria.Creio que esse patriotismo americano exacerbado já era previsível, por se tratar do presidente mais amado dos EUA, mas a imparcialidade era coisa possível sim de se fazer (tratando história como história pura, mesmo), e não foi feita. De fato, Spilberg já foi mais autêntico. E é uma pena não poder contar com o DiCaprio (mesmo que o Waltz o supere ) nem com o Tarantino (não interessa o quão "não-técnico" ele foi: sua originalidade esteve intacta- mesmo que não o fizesse merecer a estatueta) nas indicações.05/02/2013 | Responder
Daniel respondeu:tbm pensei q era o unico achar q Lincol não vai ganhar!05/02/2013
Elaine Barbosa respondeu:Eu não disse isso. Disse que acho que o Lincoln vai ganhar, mas não o prefiro.22/02/2013
Lincoln
As Aventuras de Pi
O Lado bom Da Vida 12/02/2013 | Responder
Aposta: A Hora Mais Escura
Preferido: O Lado Bom da Vida
MELHOR DIRETOR
Aposta: Steven Spielberg, por Lincoln
Preferido: David O. Russell, por O Lado Bom da Vida
MELHOR ATOR
Aposta: Daniel Day-Lewis, por Lincoln
Preferido: Bradley Cooper, por O Lado Bom da Vida
MELHOR ATRIZ
Aposta: Jessica Chastain, por A Hora Mais Escura
Preferida: Jennifer Lawrence, por O Lado Bom da Vida
MELHOR ATOR COADJUVANTE
Aposta: Tommy Lee-Jones, por Lincoln
Preferido: Christoph Waltz, por Django Livre
MELHOR ATRIZ COADJUVANTE
Aposta e Preferida: Anne Hathaway, por Os Miseráveis
MELHOR FILME ESTRANGEIRO
Aposta: Amor
MELHOR ROTEIRO ORIGINAL
Aposta e Preferido: Mark Boal, por A Hora Mais Escura
MELHOR ROTEIRO ADAPTADO
Aposta: Argo
Preferido: O Lado Bom da Vida
MELHOR ANIMAÇÃO
Aposta e Preferido: Valente
MELHOR FOTOGRAFIA
Aposta: Roger Deakins, por 007 - Operação Skyfall
MELHOR TRILHA SONORA
Aposta: Thomas Newman, por 007 - Operação Skyfall
MELHOR CANÇÃO ORIGINAL
Aposta: Skyfall, por 007 - Operação Skyfall
MELHOR DOCUMENTÁRIO
Aposta: A Guerra Invisível
MELHOR MONTAGEM
Aposta: A Hora Mais Escura
Preferido: O Lado Bom da Vida
MELHOR DESIGN DE PRODUÇÃO
Aposta: O Hobbit: Uma Jornada Inesperada
Preferido: Os Miseráveis
MELHOR FIGURINO
Aposta: Paco Delgado, por Os Miseráveis
Preferido: Colleen Atwood, por Branca de Neve e o Caçador
MELHORES EFEITOS VISUAIS
Aposta: As Aventuras de Pi
Preferido: Branca de Neve e o Caçador
MELHORES EFEITOS SONOROS
Aposta: Os Miseráveis
MELHOR EDIÇÃO DE SOM
Aposta e Preferido: A Hora Mais Escura
MELHOR MAQUIAGEM
Aposta e Preferido: Os Miseráveis 09/02/2013 | Responder
Melhor Diretor: Steven Spielberg
Melhor Ator: Bradley Cooper, por O Lado Bom da Vida
Melhor Atriz: Naomi Watts, por O Impossível.
Melhor Ator Coadjuvante: Robert DeNiro, por O Lado Bom da Vida
Melhor Atriz Coadjuvante: Anne Hathaway, por Os Miseráveis
Melhor Filme Estrangeiro: Amor
Melhor Roteiro Original: Quentin Tarantino, por Django Livre
Melhor Roteiro Adaptado: Argo
Melhor Animação: Valente
Melhor Fotografia: 007 - Operação Skyfall
Melhor Trilha Sonora: Mychael Danna
Melhor Canção Original: Chasing Ice
Melhor Documentário: Searching for Sugar Man
Melhor Figurino: Os Miseráveis
Melhor Efeito Visual: As Aventuras de Pi
Melhor Efeitos Sonoros: Os Miseráveis
Melhor Maquiagem: Hitchcock 06/02/2013 | Responder
Con certeza, ele ñ ganha melhor filme mas melhor diretor e Spielberg. 05/02/2013 | Responder